quinta-feira, 24 de junho de 2010

Under Construction

Em construção é uma parte totalmente dedicada a novos projetos e vamos inaugurá-lo hoje (aplausos), porém não é só minha, ela está disponível para quem quiser enviar o seu rascunho ou seu projeto que ainda está em construção, ok?

Estou recebendo bastante visitas, mas ainda não vi os comments. Cade menines???

Que rufem os tambores!!!

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Depois que o sol nascer

Fic escrita by issiawa

Crepúsculo - Bella/Edward

Rascunho: +16 anos


A noite


- Edward, você já vai? – Jasper me perguntou levantando a voz para se fazer escutar no bar lotado.

- Sim, estou cansado. – Eu respondi. Naquele dia apesar de não ter tido tanto trabalho, me sentia estranhamente cansado e sonolento.

- Sozinho? – Emmet surgiu ao lado dele, perguntando incrédulo.

- É, acho que hoje a noite vou me dar um descanso. – Falei chegando mais próximo deles, desviando de algumas garotas que insistiam em esbarrar em mim. – To cansado.

- Nossa, deve tá ficando doente. – Rosalie falou sendo abraçada por traz pelo meu irmão mais velho. – Afinal, você é sempre o último a sair.

- E nunca sozinho. Diga-se de passagem. – Jasper falou, veio em minha direção e me deu um tapa no ombro. – Se precisar de algo, me ligue, está bem?

- Sim cara, mas não se preocupe.

Saí do bar ainda era cedo, um Burguer King me chamou a atenção no caminho, mas o cansaço foi maior, não parei. Fui direto para casa. Eu morava sozinho em um prédio no centro da cidade, era um apartamento pequeno, mas confortável. Sem contar que eu tinha a vista mais magnífica de São Francisco. Bella. Era assim que os porteiros a chamavam.

Ela havia se mudado para apartamento ao lado do meu há alguns meses atrás. Ela era lindíssima, com longos cabelos castanhos e olhos na cor de chocolate contrastando com sua pele clara. Pouco eu sabia dela, a verdade é que nos meses que ela havia se mudado, as poucas vezes que nos vimos, nunca consegui a encontrar sozinha, ou ela ou eu estava com alguém, o que não e deixava tão a vontade para iniciar uma conversa, mas o dia chegaria, eu tinha certeza.

Ao chegar em casa, fiz o de habitual, tirei os sapatos e a carteira do bolso, joguei junto com a chave do carro em cima a minha mesa de centro e corri para a cozinha, peguei um copo de suco e ainda com as luzes desligadas fui para a janela. A janela que dava a vista para a casa dela.

Ela estava lá, ao telefone, parecia discutir com alguém, aos poucos comecei a notar que ela também chorava. O que me apertou o coração. Eu por vezes me sentia mal por observá-la às escondidas, mas creio que ela nunca notara isso, pois sempre estava com as cortinas abertas sem nenhum constrangimento. Como se ela nem soubesse de minha existência. O cansaço nessa hora já havia me deixado, de alguma maneira estranha, ao vê-la chorando eu quis abraçá-la, o que era bem estranho, afinal, nem a conhecia, não sabia nada de sua vida, o que fazia ou o que gostava. Não sabia nem se ela tinha alguém, mas creio que não, no pouco tempo em que eu a observava, nunca a tinha visto com ninguém, parecia até mesmo solitária.

Em certo momento eu a vi sair da sala, sem ter o que ver fui me deitar abri a janela de meu quarto e me deitei na cama, mas foi ao olhar para a janela que vi o terraço do meu prédio, do lado do bloco onde Bella morava, ali eu tinha a visão perfeita do topo onde eu a via sentada, como se fosse se jogar, lembrei que a vi chorando muito, ela iria se jogar e não havia ninguém para impedir. Alias, havia sim, eu.


Segundos que contam


Quando eu era pequeno, minha mãe, D. Esme, me levava todos os domingos a igreja, falava que éramos abençoados por termos tanto, enquanto haviam pessoas que não tinham nada. Aquilo para mim, nunca foi muito claro, era até óbvio. Aprendi indo na igreja que roubar e matar eram pecados, que cobiçar era pecado, que julgar era dever de Deus, mas que principalmente atentar a própria vida era a passagem direta para o inferno.

Nos poucos minutos que tive para correr para as escadarias de emergência, que me davam acesso ao topo do prédio, meus pensamentos foram povoados pelas palavras de um padre em uma missa dominical.

“O suicídio é um pecado escandaloso, que atenta contra os direitos de Deus, supremo e único Senhor da vida e da morte. É um pecado que agride brutalmente o convívio familiar e social, privando os familiares e os amigos da presença de um ente querido, e muitas vezes de um sustentáculo material, afetivo e espiritual. É um pecado gravíssimo que precipita a alma diretamente no inferno.” (N/A: Palavras do Cônego José Luiz Villac, disponível em catolicismo.com.br)

Apesar do escuro que estava pude ver de longe sua silhueta. Não poderia abordá-la de surpresa, ela poderia se precipitar e pular, então com calma me fiz presente fechando a porta de emergência com um pouco mais de barulho do que eu normalmente faria.

- Não acho que deva fazer isso. – Falei com medo da reação dela.

- Fazer o que? – Ela me perguntou

- Posso me aproximar? – Perguntei ainda temeroso com a sua resposta

- Sim. – Ela falou ainda mirando o horizonte.

Fui devagar até ela e me sentei, desconfortavelmente ao seu lado, eu odiava lugares muito altos. Ela não me olhou, seu cabelo cobria parcialmente o seu rosto, ela usava um vestido marfim e suas pernas pendiam para fora do prédio, o que realmente me deixava desconfortável, pois apesar do prédio de oito andares não parecer assim tão alto, uma queda daquela altura certamente seria fatal.

- É linda, não acha? – Ela perguntou.

- É...er – Eu me referia a ela, mas depois que respondi que notei que ela falava de outra coisa. – Desculpe, mas do que vo...

- A cidade. A noite. É linda, não? – Ela me interrompeu.

- É, é sim. – Falei olhando para o horizonte. As luzes da cidade eram tão harmônicas que de tal forma só ali nos minutos que passamos em silencio pude notar o quão lindo era a cidade vista a noite.

- Por isso está aqui? – Perguntei, com um pouco de receio de escutar a resposta. – Por causa da vista?

Ela estava olhando para as mãos quando fiz a pergunta, mas ela parou, olhou novamente para as luzes da cidade e voltou-se para mim. Com um lindíssimo sorriso no rosto. Como nunca percebi que ela era a mulher mais linda que eu havia visto.

- Não.

- Você estava pensando em se jogar daqui?

Ela explodiu em risadas. – Não.

- Desculpa, mas você estava chorando e depois te vi aqui. A única explicação em que pensei é que fosse se jogar.

Na mesma hora ela parou de rir. Olhou para o horizonte, o vento que atravessava seus cabelos com cada vez mais força, anunciava uma forte chuva a caminho.

- Nunca pensei em suicídio. Isso vai de encontro com todas as coisas em que acredito, forçar a minha morte... – Ela deu um pequeno sorriso, como se achasse graça nas próprias palavras. – Por que veio até aqui?

- Vim atrás de você. – Ao terminar de falar vim seu rosto se iluminar e um grande sorriso aparecer. – Venha, vamos entrar, está ficando frio aqui fora.

Me levantei primeiro e bati a poeira da minha roupa, fui ajudá-la a se levantar, não tinha reparado como o vestido ia até a metade de suas canelas, até que ao tentar se levantar ela se enroscou no próprio vestido, e tudo aconteceu muito rápido. Sua pequena sapatilha prendeu na borda da parede, enquanto o seu vestido embolava em suas pernas, dando fim ao pouco equilíbrio que ela tinha e quando eu corri para segurá-la o baque surdo do corpo no chão se fez presente em meus ouvidos.

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Iaí o que acharam???

Aguardo respostas, heim!

Mega Bjus!!!

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