quarta-feira, 30 de junho de 2010

DERBY GIRL - "Um mundo sobre rodas"



3. Podemos ser amigas?


Sabe aquela sensação de que você está dando um passo que será decisivo em sua vida? Pois é, não foi essa a sensação que me deu. Desespero seria melhor definição. Eu odiava chamar atenção, e pela pratica eu sabia como a coisa funcionava, oras eu era aluna nova de uma escola onde havia cerca de 300 estudantes de uma cidade que nada acontecia, o que queria dizer que é era mais fácil um elefante cor de rosa entrar naquele pátio, do que eu passar desapercebida.
E logo ao notar as garotas, percebi que isso também se tornaria uma coisa bem difícil. Há dois anos atrás, concordei com a idéia louca de minha mãe de pintar meus cabelos de loiro, em troca eu iria na festa de Dina Smith. Eu adorava meus cabelos castanhos, mas minha mãe dizia que os juízes adoravam meninas com longos cabelos loiros e olhos verdes, ainda bem que eu já tinha os olhos verdes, pois era capaz de ela me fazer usar lentes. Logo fiquei loira e curti uma ótima festa, agora aqui no meio do pátio da Forks High School, não me pareceu uma boa idéia, já que a maioria das meninas, estão com roupas bem mais simples que as minhas, já que fora minha mãe que as comprou, e os cabelos mais escuros também.
Dei um longo suspiro e fiz o que achava que era a melhor opção. Enfiei meus olhos no papel em minhas mãos. E bem, posso dizer que apesar de me colocarem em todas aulas avançadas daquela escola, eu estava me sentindo uma burra por não saber nem ao menos qual era minha primeira aula. Mas é claro, a sorte estava sempre a meu favor. Logo o sinal tocou e eu toda atrapalhada esbarrei violentamente em alguém.
- Hey, toma cuidado. – A garota de longos cabelos negros e olhos puxados, falou pra mim.
- Desculpa, mas infelizmente o mapa dessa escola parece um labirinto e eu não faço idéia de onde estou.
Seu sorriso grande inundou o seu rosto e notei em seu rosto feições mais simpáticas. Minhas coisas que a essa altura já estava espalhadas pelo chão do corredor foram sendo observadas pela menina oriental que sorria a minha frente.
- Eu não gosto de meter na vida dos outros, mas eu não acho que você deva realmente trazer seus brinquedos para a escola. –Ela falou olhando para a Barbie e se abaixando para me ajudar a pegar minhas coisas.
- É da minha irmãzinha, se fosse minha, invés dessas roupas idiotas estaria com uma camiseta do Ramones. – Eu falei.
- Ou um macacão vermelho igual da Joan Jett. – Ela falou e nós rimos.
Foi ali, amor de amigas a primeira vista. Angela havia se mudado para Forks dois anos atrás, vinda de Chicago.
- Hey Bella, posso fazer uma pergunta?
- Claro, Ang.
- Você é mesmo aquela patinadora?
Abaixei a cabeça incomodada com o reconhecimento.
- Ok. – Ela falou, creio que percebendo que eu não queria falar a respeito. – Então, qual é a sua primeira aula?
- História. –Eu falei pegando o papel, mas mais que rápido ela o arrancou da minha mão e se pôs a ver minhas aulas. – Bem, vamos ter algumas aulas juntas... História, Economia, Artes e Biologia. Vem, me acompanha que te levo as suas aulas.
O dia passou impressionantemente rápido, e Ang me ajudou muito. Alguns garotos vieram falar comigo, mas nada de mais. E na hora do almoço eu e Ang sentamos juntas, divagando qual era a melhor trilha sonora do cinema americano.
- Eu sou fã de filmes dos anos oitenta, então eu acho que definitivamente Footlose é uma música muito boa. – Ela falou
- Se for para falar em sucessos de oitenta, eu fico com Dirty Dance. – Eu retruquei
- Hummm... Definitivamente quente!
- É, eu sei. Patrick Swayze realmente é quente!
O refeitório que já parecia estar lotado naquele momento, as conversas já estavam no volume maximo, até que estranhamente todos se calaram. Foi quando eu vi o garoto mais lindo da face da terra entrar refeitório adentro, em uma explosão de alegria o refeitório se fez de conversas paralelas em um só coro de satisfação. Todos batiam palmas, alguns gritavam coisas incoerentes e assobios estridentes marcavam ainda mais o ambiente. Sem entender nada, virei para Ang. Ela só me olhou, nem precisou de perguntas.
- E esse é o Edward Cullen. O rei da escola.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Uma babá perfeita




5. Trabalho


Bella


Seus olhos verdes eram realmente desconcertantes, se eu não soubesse que ele havia acabado que ficar viúvo poderia até dizer que ele estava pensando obscenidades enquanto estava na porta me olhando
- Oi – Falei imaginando o porquê daquele olhar em mim.
- Oi, deve ser a Srta. Swan, entre, por favor. – Ele me indicou a passagem.
A casa por fora era maravilhosa, por dentro então pude perceber o capricho com que ele escolhera os móveis, tudo era muito perfeito.
- Linda sua casa. – Consegui esboçar um pouco da admiração e educação que recebi.
- Obrigada, não quer se sentar? – Ele falou, dando um leve sorriso, que me deu certo desconforto no estômago.
- Claro. – E fui em direção do sofá.
Conversamos um pouco, odiava entrevistas de emprego, odeio sentir-me avaliada, mas essa até que não estava sendo tão ruim, não sei ao certo de era porque o Sr. Cullen era realmente um gato, ou se minhas expectativas de arranjar um emprego assim logo de cara não eram tão altas. Ele avaliou o meu currículo, que eu tinha feito questão de deixá-lo perfeito, mas algo no rosto dele me trouxe certa preocupação, mas logo descobri sobre o que se tratava.
- Tem um belo currículo, mas tem alguma experiência com crianças? – Ele me perguntou ainda com o vinco na testa.
- Já fiquei de babá muitas vezes durante o colegial, até arranjar um emprego fixo, e às vezes eu o fazia para tirar um extra, mas depois que comecei a fazer faculdade não tive muito tempo.
- Bem, você parece ser bem responsável, mas me diz, por que você não está atuando em sua área, porque pelo que pude ver em seu currículo, você é muito mais qualificada do que o salário que eu estou oferecendo.
- Sr. Cullen eu não... – Ele me interrompeu
- Me chame de Edward, por favor.
- Sim, claro, então Edward – Falar o nome dele me deu cócegas no estomago novamente, corei em pensar nisso e não pude conter o sorriso que dei. Eu deveria ter passado muitas horas viajando, deve ser isso, só estou cansada. – Sei as minhas qualificações, e não estou em busca de salário ou de nada envolvido com a minha carreira, sei que pode parecer estranho para o senhor, mas estou buscando um pouco mais de tranqüilidade.
Percebi que minha resposta tinha sido convincente, não queria lhe esconder a verdade, mas também não poderia falar o que de fato eu estava fazendo em Forks.
- Vanessa estará aqui amanhã, por que não vem para conhecê-la? – Ele perguntou já a caminho da porta.
- Claro, passarei aqui amanhã – Respondi com um sorriso.
Nos despedimos e tratei de pensar como iria para casa. Forks é um ótimo lugar para se morar, se você tem um carro, apesar da cidade ser pequena, somente o centro é que tem as coisas mais próximas, o restante, no caso das casas e alguns comércios ficam realmente longe. Respirei profundamente e peguei meu celular. Fiz uma coisa que não fazia desde que tinha tirado minha habilitação. Liguei para o meu pai. Trataria de mandar trazer meu carro o quanto antes.

Edward

Era sexta-feira acordei cedo e fui ao quarto de Vanessa, ela ainda estava dormindo, parecia um anjo, um anjo que se mexia muito a noite, ela estava toda descoberta. A cobri novamente e fui tomar um banho, hoje a garota Swan viria para conhecer Ness, queria que Ness gostasse dela, e ela de Ness. Logo na segunda eu teria que ir trabalhar e Vanessa teria que ir pra a escola, não queria ter que depender da minha mãe ou da Alice para ficar com a Ness, tenho que ter minha própria vida mesmo aqui do lado deles, e também não seria justo com eles os ficar atrapalhando.
Arrumei alguns brinquedos que Ness deixou espalhados pela casa e comecei a pensar em contratar uma empregada também. A casa é muito grande, eu não daria conta de tudo.
AHHHHHHHHHH – Escutei vindo do quarto de Vanessa, subi correndo para ver o que tinha acontecido, ela se debatia na cama com violência, no momento eu parei não sabia o que fazer, corri até ela e a segurei.
- Ness acorda, acorda minha filha. – Falei quase gritando, eu estava angustiado.
Ela abriu os olhos e já chorava – Mamãe, mamãe... - Eram as únicas coisas que falava, aquilo me deu um aperto no coração, ela era muito apegada a mãe e estava sofrendo muito com sua perda. Fiquei ali sentado na cama a abraçando não sei por quanto tempo, quando percebi, ela já havia dormido novamente.
Desci as escadas pegando alguns bichinhos de pelúcia que ali estavam esquecidos, sentei no pé da escada agarrado a um deles e chorei, chorei de saudade de Elizabeth, chorei por ver minha filha sofrendo, chorei por ela ter morrido e nos ter deixado, chorei por tudo o que tinha acontecido.
Quando Isabella chegou já tinha passado à hora do almoço, Vanessa estava assistindo desenhos na sala, quando ela viu Isabella, ela ficou um pouco acanhada.
- Ness essa é Isabella. – Eu as apresentei
- Ness? Achei que fosse Vanessa? – Ela me olhou com um sorriso confuso.
- É apenas um apelido – Eu falei a ela entendendo o motivo da confusão.
Isabella se abaixou para ficar da altura de minha filha.
- Olá Vanessa, posso te chamar de Ness também? – Que sorriso lindo, era a única coisa que passava na minha cabeça.
- Pode – Minha filha falou desgrudando de mim e se posicionando melhor na frente de Isabella que abriu mais o sorriso ao perceber que Ness já não estava tão acanhada.
- Então você pode me chamar de Bella, tá bom?
- Está bem – Ness pego na minha mão – Pai posso voltar pra sala?
- Claro, vá – falei passando a mão em sua cabeça.
Olhei para a moça parada a minha frente. – Gostaria de alguma coisa para beber?
- Água.
- Sim, vamos até a cozinha. – Mostrei o caminho e ela foi me seguindo. – Você deve me perdoar, mas ainda não fiz as compras de casa, não sou muito bom para essas coisas. Em Seattle havia uma senhora que me ajudava com esse tipo de tarefa, mas aqui ainda não encontrei ninguém, então eu creio que vocês terão que fazer suas refeições na casa dos meus pais, pelo menos por enquanto.
- Bem, se o senhor me permitir, posso cuidar dessas coisas pelo menos por enquanto. – Ela falou atrás de mim enquanto caminhávamos no corredor que dava acesso a cozinha.
Poderia ser uma boa idéia, deixaria dinheiro para ela fazer as compras na segunda, já iria me ajudar.
- É, é uma boa idéia. Deixarei o dinheiro para as compras na segunda. – Falei virando para ela, não tinha percebido a quão próxima a mim ela estava, porque ao me virar nossos corpos foram de encontro, tive que colocar um pé para trás para me equilibrar e segurá-la com os dois braços, ficamos acho que por segundo, mas que mais pareceram horas naquela posição, meus olhos iam de seus grandes olhos castanhos, seu fino e delicado nariz até a boca rosada. Tive uma sensação estranha na hora, minhas batidas cardíacas pareciam que iam estourar meus tímpanos, não conseguia me mexer e só percebi isso quando ela me tirou dos meus devaneios.
- Desculpe, mas pode me soltar agora. – Ela falou com a boca a centímetros da minha, me controlei o máximo que pude para não a tomar ali mesmo. A soltei. – Desculpa, sou um pouco desajeitada mesmo. – Ela continuava se desculpando enquanto eu não sabia direito o que fazer, me virei e continuei em direção a cozinha peguei um copo de água para mim, tomei todo de uma vez só, do nada tinha ficado muito calor, enchi outro que entreguei a ela, aparentemente ela teve a mesma impressão, pois ela fez o mesmo que eu. Depois de um silencio constrangedor nos assolou acabamos por acertar todos os detalhes do trabalho dela, os horários, o serviço e tudo mais.
Quando ela foi embora, notei que Ness estava cochilando no sofá, sentei ao lado dela e coloquei as mãos na cabeça.
- Devo estar ficando louco. – Ela é incrivelmente bonita, a aproximação mais cedo fazendo que meu corpo quase entrasse em ebulição. - Desse jeito vai ser difícil. – Falei comigo mesmo.

Bella

Ao sair da casa do Edward, não contive a minha surpresa ao me deparar com Jake sentado em sua moto na porta da casa
- Jake, o que faz aqui? – Perguntei sorrindo indo de encontro a ele.
- Ah eu estava pelo bairro, achei que alguém poderia precisar de ajuda para ir pra casa. – Falou com certo desdém, mas com um sorriso no rosto típico de Jacob.
- Então, quantas donzelas indefesas você salvou hoje? – Perguntei parando em sua frente.
- Ah, algumas, mas ainda to tentando manter o segredo, sabe como, é né? Todos querem saber a real identidade do Super-homem e esquecem que ele pode ser apenas o Clark Kent. – Ele falou com um ar de tristeza que me fazia ir. – Então Louis Lane, quer uma carona?
- Claro Sr. Kent. – Falei sorrindo, subi em sua moto e fomos em direção a minha casa.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

DERBY GIRL - "Um mundo sobre rodas"




1. Posso começar?


Eu e minha mãe tínhamos uma relação difícil, isso era um fato, mas nunca achei que chegaria a ligar para meu pai para pedir ajuda. Claro que minha mãe sempre falou que eu que era difícil, e que eu realmente era parecida com meu pai, bem, isso eu não tinha como saber, afinal, eu o mal conhecia.

Não que eu quisesse castigar minha mãe pelo tapa que ela me deu, mas eu estava me sentindo sufocada por toda aquela pressão, estava magoada com tudo o que ela havia dito, a verdade é que é muito mais difícil ser você mesmo (principalmente se você não faz a mínima idéia de quem é), do que ser quem as pessoas esperam quem você seja, em resumo, uma droga!

Já havia se passado uma semana de todo aquele episódio, e meu pai e eu (via telefone mesmo) conseguimos convencer minha mãe (diga-se de passagem, pois meu pai quase a chantageou, o que o fez um herói para mim), a minha ida para casa de meu pai. Na distante e fria Forks!

Meu relacionamento com o meu pai era um caso complicado, há quinze anos não nos víamos, ele e minha mãe haviam se separado, e ela se mudou com seu grande ego e comigo na bagagem para a ensolarada Califórnia. Mas agora meu pai tinha uma outra família, e eu tinha até uma irmãzinha, Claire, que eu ainda não a conhecia. Nunca tinha vivido em uma dinâmica de família antes, com aquela coisa, pai, mãe e irmãos. Morava só eu e minha mãe, que era praticamente um general dentro de casa, e ocasionalmente Phill, amigo/namorado/marido de minha mãe, que nem oficializava e nem largava o homem de vez. Ia ser tudo muito diferente, aparentemente ia ser tudo diferente.

Apesar do acordo entre Pai X Mãe ser de minha sentença de seis meses na casa do meu pai, o que eu teria somente para terminar o colegial, resolvi que eu levaria tudo, desde meus milhares de patins até os meus CD´s do White Stripes,The Fray e AC/DC,entre as outras bandas que eu gostava . Seria a minha nova vida, e eu tomaria conta dela!

Cheguei em Forks e tomei um susto, não que eu estivesse esperando algo como New York, e com aquele frio, talvez Toronto, mas realmente não estava esperando vir para Istria*, já que a cidade era tão pequena que mal se via gente nas ruas, o que meu pai falou que era por causa do frio que afugentava as pessoas. Logo paramos em frente a uma casa creme com portas em branco, Claire foi a primeira a sair correndo, ela veio correndo em minha direção e abraçou minhas pernas, fiquei parada ali, estática, sem saber exato o que fazer, mas logo ela me soltou e foi abraçar Charlie.

- Relaxa, Bella, ela abraça todo mundo! Outro dia a peguei abraçando uma pedra! – Ele falou e riu. – É a idade, ter cinco anos é terrível! – Ele falou ainda rindo.

- Hey vocês, venham para dentro, tá muito frio aqui. – Uma mulher de cabelos loiros e com olhar amoroso bem na porta da casa estava nos chamando. Aquela deveria ser Sue, a mulher de meu pai. Claire que nessa hora corria nossa volta correu e abraçou a mãe, que deu um lindo sorriso, meu pai se aproximou delas e deu um beijo na testa da mulher, agora sim, me senti uma intrusa com a foto da família perfeita na minha frente.

Charlie me ajudou com as malas e me apresentou o meu novo lar. Logo na entrada Sue me ofereceu um chocolate quente que estava delicioso. Pausa para esclarecimentos. Quem conhece a rotina de um atleta levanta a mão, ninguém? Bem, vou explicar. Em épocas de treinamento intenso o maior luxo próximo a açúcar que eu tive foram as gelatinas Diet de D. Renée Dwyer, também conhecida como a minha mãe. Claro que eu amo chocolate, mas ela praticamente contava os meus gramas e para não ter aborrecimentos eu acabava por seguir a risca suas recomendações. Voltando ao presente.

- Venha Bella, vou mostrar o seu quarto. – Charlie chamou. Ele me guiou por um pequeno corredor e parou na frente da última porta. – Bem, - Ele falou aparentemente, bem embaraçado. – Este é o seu quarto, o meu e o da Claire fica do outro lado do corredor. Espero que goste, foi Sue que decorou.

- Ah, claro, irei agradecê-la mais tarde.

- Bem, pode abrir a porta se quiser.

- Ah, é claro. – Eu tenho a impressão que eu era tão acanhada quanto ele. Notei a apreensão no seu rosto logo que peguei na maçaneta da porta

O quarto era maravilhoso. Eu tinha o meu próprio banheiro, havia uma mesinha com espaço para o meu computador, uma estante logo em cima, onde eu colocaria meus cd´s e no canto um pequeno som. Andei por todo o quarto maravilhada com a decoração simples mas rica em detalhes, como se quem houvesse decorado realmente me conhecesse por anos. Ao passar pela janela notei algo que realmente me chamou a atenção. O lago. Era lindíssimo e estava congelado. Charlie, que até o momento não havia percebido que estava atrás de mim falou.

- Algumas crianças patinam no lago, mas não quero que você vá sozinha, é muito perigoso, e apesar de ainda estar muito frio, ele já está descongelando.

Eu somente balancei a cabeça em entendimento.

Depois de alguns dias eu fui me acostumando a rotina da casa, Claire era adorável, adorava brincar de bonecas e agora tinha adquirido uma nova mania de sempre brincar de bonecas no meu quarto, o que acabava com um monte de bonecas espalhadas por todos os cantos, e eu sempre me machucando quando distraidamente pisava em alguma delas.

Na manhã do meu primeiro dia na nova escola, eu sentia tanto frio no estomago que o não consegui nem comer, eu ficava assim quando estava muito ansiosa, não comia, não bebia e não falava.

- Bella, a escola está há três quadras daqui, é fácil chegar. – Meu pai falou. – Mas você quer que eu te leve?

Só consegui balançar a cabeça em sinal de negação. Sue que ia entrando na sala naquele momento o interrompeu.

- Charlie, deixe a menina respirar, ela se sairá bem. – Ela falou com um amoroso sorriso no rosto. Já estava na hora de eu ir, e eu não iria protelar mais o meu sofrimento.

Quando estava na porta, Claire veio correndo e me estendeu a sua boneca.

- O que foi, Claire? Não posso brincar agora. – Eu lhe falei

- Pá você não ficá sozinha. – Ela falou, com essa eu ri. Peguei a Barbie de sua mãozinha e agradeci a ela, saí de casa ainda olhando aquela boneca. Logo a coloquei na minha mochila e esqueci ela ali.

A escola não era nem de perto como a minha em Santa Monica, era menor tanto em proporções quanto em quantidade de alunos, mas também o que eu esperava? Eu estava vindo para uma cidade que tinha um pouco mais de três mil habitantes. Olhei para o prédio a minha frente e não sabia direito o que fazer, logo localizei a secretária e me encaminhei para lá, como meu pai havia me orientado. Ele havia feito minha matricula na semana anterior, e agora eu deveria me apresentar formalmente ao diretor.

Entrei na sala e uma senhora de cabelos tingidos em um vermelho desbotado, quase beirando o laranja se aproximou de mim.

- Bom dia, você deve ser a menina Swan. – Ela falou por cima de seus pequenos óculos, que faziam sua cabeça parecer maior, ela trajava um terninho lilás que imagino que há uns vinte ou trinta anos atrás deve ter sido um grande sucesso de vendas em alguma loja de departamentos, mas que hoje só parecia há muito ultrapassado. – Sou a Srta. Dallas, o diretor McQueen irá atendê-la assim que possível, por que não se senta e aguarda?

Ela apontou para um sofá que estava no canto da sala, dei um sorriso para ela e logo fui me sentar, mas nem bem fiz isso um rapaz entrou me chamando a atenção.

- Então Sr. Cullen, não se cansa de freqüentar essa sala? – A Srta. Dallas olhava o jovem rapaz de uma forma repreendedora, mas notava-se um ar de divertimento em sua voz.

- Ah, Susan, você sabe que eu gosto de viver no limite e dessa vez não foi diferente. – O garoto falou apertando a bochecha da senhora a sua frente.

- Esta bem, Ed, mas você abusa muito da sua sorte, uma hora o Sr. McQueen não será tão condescendente com você. Vá sente-se ele logo irá atender você.

Na hora em que ele se virou, senti como se o mundo houvesse parado de girar, seus olhos verdes encaravam os meus de uma forma que não tenho como descrever, sua pele clara contrastava com a dos seus olhos safira, e seus cabelos estavam em um total caos que pude perceber que era proposital o deixando com um tom de cobre que eu nunca havia visto antes. Era o garoto mais lindo que eu havia visto na minha vida, e olha que eu já fui varias vezes a Los Angeles, poderia até atestá-lo como o cara mais lindo da face da Terra se fosse possível. Ele deve ter notado onde estavam os meus pensamentos, pois logo ele me deu um sorriso torto, que me fez perder o ar. Ele sentou ao meu lado, e eu continuei olhando para frente, mesmo sentindo que ele me olhava.


*Istria – Localizada na Croácia é a menor cidade do mundo, com apenas 23 habitantes.

Uma babá perfeita




4. Ela

Bella


Eu só queria esquecer o meu passado, era só isso que eu pensava. Quando voltei para New York e passei a morar com minha mãe novamente, foi estranho. Se quando eu havia indo embora para morar com meu pai, minha mãe mal ligava pra mim, mas se importava mesmo com seus diversos casamentos, agora parecia que não havia ninguém no mundo mais importante do que eu, no começo, eu ainda não tinha superado toda a história, às vezes ainda sinto um calafrio ao me lembrar dele, mas ela me confortava, o que era realmente estranho, mas com o passar do tempo, fomos, nos acostumando uma com a outra. Fiz algumas amizades, retomei algumas antigas, nunca tinha coragem de contar para ninguém o que tinha acontecido. Só desabafava com o meu psicólogo, coisa que minha mãe me obrigará a fazer duas vezes por semana após o episódio em Forks. No fundo acho que ela se culpava por ter me mandado passar um tempo na casa de meu pai.

Apesar de sentir saudades de Forks, ainda não tinha coragem de voltar, tentava matar um pouco das saudades mantendo contato com algumas pessoas de lá, principalmente Alice, que havia se tornado uma ótima amiga e Jake, meu quase namorado que se tornou um grande amigo também.

Jake e eu estávamos começando a nos conhecer na época que tudo aconteceu, depois que me mudei continuamos conversando, ele sempre protetor e amigo, veio por duas vezes me ver aqui, e sempre me cobrava pra ir vê-lo, mas ainda não tinha tido coragem pra isso.

Já Alice, era minha amiga no colegial, estávamos sempre juntas, apesar de na época ela ter quase uma fixação em tentar transformar o meu guarda roupa e meus hábitos alimentares, coisa que acabei mudando quando voltei a morar com a minha mãe.

Era o último dia de consulta com o meu psicólogo, Dr. Stevens, ele era um senhor muito simpático e me tratava desde que tinha voltado, há exatos oito anos, ele estava se aposentando e eu também, pelo menos era assim como eu pensava com relação ao tratamento, eu estava me aposentando do tratamento.

- Bella, menina, você sabe que tem que enfrentar os seus medos. – Ele me olhou com aqueles grandes e enrugados olhos azuis. – Tem que ir até lá, não pode deixar pesadelos tomarem conta da sua vida.

Olhei para as minhas mãos que seguravam a alça da minha bolsa, estava mordendo o meu lábio inferior, não sabia direito se o encarava ou se procurava outro ponto fixo para olhar. Estava claramente tensa.

- Pense nisso como sua última tarefa, vá até lá, reveja seu pai, seus amigos, passe um tempo lá, tente aproveitar isso e quando você menos esperar os pesadelos pararam e você nem se lembrará mais deles. – Ele se levantou se sua cadeira deu a volta na mesa e ficou na minha frente pegou minhas mãos – Olha, você já vem aqui a tempo demais, você está pronta, já enfrentou muitas coisas, mas precisa se libertar de suas últimas correntes e pra isso você tem que dar o ultimo passo.

Lágrimas começaram a cair. Apesar de tudo o que aconteceu, sempre tentei me manter positiva, tentando ao máximo não deixar nada me abater e até hoje eu tinha conseguido, com ajuda, mas estava conseguindo, tinha o emprego perfeito, viajava pra Europa sempre que podia, as vezes encontrava até um cara que fosse interessante, mas nunca passava mais que uma noite com eles. Era nessa hora que o medo tomava conta de mim. James, o único namorado que realmente tive, sempre ia embora antes de eu adormecer, por diversas noites eu o acordava e o mandava embora da minha casa. Não queria que ele escutasse meus gritos de madrugada, já era difícil de mais pra mim.

Escutar tudo aquilo e saber que ele estava certo, doeu muito mais, era verdade, eu tinha que tentar de uma vez por todas acabar com os meus medos, eu queria ter minha vida de volta, eu queria ter sonhos como todo mundo, e não somente pesadelos. Pedi demissão no dia seguinte, queria ter certeza que teria todo o tempo do mundo para isso, depois eu me preocuparia em arranjar outro emprego. Mandei uma mensagem para Alice e para Jacob, meu pai me ligou no mesmo dia, ele me ligava todos os dias, tínhamos uma relação ótima. Ele por sua vez ficou muito feliz de eu estar voltando para Forks, eu não duvidava em nada que a notícia iria se espalhar em questão de horas, mas ele logo me tranqüilizou.

- Não se preocupe querida, ele não está aqui e nem irá voltar. – Foi a ultima coisa que me disse antes de desligar.

Poucos dias depois já estava indo para Forks, minha mãe me deixou no aeroporto com muitas recomendações, coisas de mãe, meu coração parecia que iria pular do meu peito de tamanha a excitação que eu estava, tentei dormir, mas foi pior, nada me acalmava, mas somente quando pisei em Forks, foi quando vi meu pai, depois de tantos anos, ele ainda parecia o mesmo, porém só com os cabelos um pouco mais brancos.

Corri e o abracei, era realmente muito bom estar com ele novamente.

- Minha princesa, como você cresceu. – Meu pai me abraçou e me rodou no ar.

- Para com isso pai, já não sou mais criança! – Falei enquanto ele ainda me segurava nos braços.

-Claro, claro. – Ele me pôs no chão – Daqui a pouco você vai me dar netos, e eu ainda estou te tratando como criança.

Por um momento pensei no que ele me falou, ri internamente por ver que meu pai não sabia o quanto minha vida afetiva era complicada.

- Ai pai, primeiro eu tenho que me casar pra isso, você não acha?

- Essa é a minha garota! – Me deu mais um abraço e eu ri com o seu comentário.

Fomos para sua casa tinha chegado cedo ainda em Forks, não era nem oito horas da manhã, entrar no meu quarto foi certamente nostálgico, ver as fotos da época do colegial ainda colada na parede, os livros que eu costumava ler, meu velho e bom computador que agora mais parecia uma maquina vinda do passado, agradeci mentalmente a minha mãe por ter me lembrado de trazer o meu notebook, Ver tudo aquilo, me animou.

- Alice ligou ontem à noite. – Charlie estava parado na porta.

- E o que ela queria pai? – Perguntei sentando na minha cama.

- Perguntou que horas você iria chegar, falou que passaria aqui pela manhã pra vocês tomarem um café juntas. – Ele olhou no relógio. – Eu tenho que ir para delegacia, se incomoda de ficar sozinha?

- Claro que não pai, vá e não se incomode comigo. Vou terminar de arrumar minhas coisas, e Alice já deve estar chegando, ela falou que vai arranjar um emprego pra mim. – Eu falei o empurrando porta a fora. Ele se virou e me deu um longo abraço.

- Fico feliz que tenha voltado, seja lá qual for o motivo, eu estou muito feliz.

- Eu também pai, eu também.

Depois que ele foi embora comecei a arrumar minhas roupas, mas não me demorei muito logo uma campainha estridente tocava sem parar.

- Oi – Uma baixinha linda pulou em mim me abraçando forte.

- Oi Ali! – a imitei com seus pulinhos, realmente ela era muito divertida e eu sentia muita falta dela.

- OH MEU DEUS! O que fizeram com você? Você está linda! – Ela parou de pular como e falou pausadamente.

- Tá certo, vou tomar como um elogio. – eu falei sorrindo

- Garota você está gostosa!

- Ai Alice só você mesmo! Bom, então eu acho que você gostou do meu novo visual! –Falei e dei uma voltinha pra ela ver.

- Definitivamente! O que aconteceu. Você emagreceu, sei lá, uns 10 ou 15 kilos? – Ela falou e eu ri. – Ops, desculpa não quis ser grosseira.

- Tudo bem Ali, mas é muito difícil morar com a minha mãe e não se tornar isso que você está vendo.

- Tudo bem, mas eu quero sua mãe embrulhada de presente no Natal.

Dei risada, não tem como não se animar com uma pessoa que ilumina o ambiente como ela. Realmente eu estava diferente de quando ela me viu pela ultima vez, não da vez que ela me viu indo para o aeroporto, cheia de ataduras e com a perna quebrada em diversos lugares, mas sim, um pouco fora do peso e cheia de espinhas, a adolescência não tinha sido um paraíso pra mim, mas ainda sim eu tinha o meu charme, por assim dizer.

- Então vai me arranjar um emprego ou não? – Perguntei finalmente, com ela sentando na sala.

- Ah, claro, o emprego. Espero que você ainda goste de crianças, pois é pra ser babá da minha sobrinha.

- Perfeito. – Abri o sorriso – Não sabia que Emmet tinha tido filhos, não vi nada publicado nos jornais. – Emmet era o irmão mais velho de Alice, ele tinha sido um grande jogador de futebol americano na época de escola e foi descoberto pelos profissionais na faculdade. Até hoje ele jogava, eu conseguia acompanhar um pouco de sua carreira pelos jornais, sabia que ele havia se casado há poucos meses com uma modelo, mas não imaginei que já havia tido filhos. Eu o conheci um pouco antes de ir embora, ele tinha passado uns dias na casa de seus pais, era um cara muito divertido e apesar da grande diferença de idade, ele ficou o tempo todo conosco, mas isso eu realmente acho que era porque a maturidade dele estava mais para a nossa idade.

- Oh meu Deus, não! – Alice falou rindo – Não é filha de Emmet, é de Edward.
- Não me lembro de ter o conhecido.

- Na verdade, todo lado feminino de Seattle até, sei lá, o Canadá conhece o Edward, mas acho realmente que você não o conheceu, você nunca passava férias ou feriados conosco, sempre com sua mãe. – Ela falou fazendo um biquinho, típico de Alice fazendo birra.

- Ali, minha mãe sempre tinha um marido novo pra me apresentar, isso me impossibilitava para ficar e fazer o que eu quiser, ou até mesmo de dormir com o seu irmão que não conheço.

- Oh, Deus, você é realmente uma vadia! Desculpa, quis dizer uma nova iorquina! – ela falou entre risos. – Bem, ele voltou há alguns dias atrás, disse que quer que Vanessa cresça em um ambiente mais familiar, ele acha que ajudará ela a passar pelo luto se estiver mais perto de nós.

- Entendo, e quando, então irei conhecê-lo? – Perguntei já ansiosa
- Espera um pouco, vou ligar para ele. – ela falou pegando o celular na bolsa.

- Tá bom, enquanto isso, vou pegar um café, aceita? – Falei me dirigindo para a cozinha para dar mais liberdade a ela.

- Não obrigada! – Foi só o que escutei.

Fiquei divagando em tudo o que aconteceu nos últimos dias até então, achei estranho eu não ter me apavorado e ter tido a vontade louca de me enfiar no primeiro vôo até a minha casa, eu estava indo bem, eu estava indo muito bem.

A voz da Alice me tirou dos meus pensamentos – Bem, ele estará em casa à tarde, te dou uma carona até lá, só me diz uma coisa, você não vai com essa blusa não é? – Olhei pra baixo e vi do que ela estava falando.

- Ali claro que não, ele vai achar que você contratou uma prostituta pra cuidar dele e não uma babá para a filha dele. – Falei corando com minhas próprias palavras.

- É imaginei que não, mas essa blusa é linda, e você não está parecendo uma prostituta, só uma babá que pode oferecer bem mais do que cuidados infantis. – Ela falou sorrindo.

Passamos o resto da manhã fofocando e colocando o assunto em dia enquanto arrumávamos o meu quarto para ficar mais minha cara de adulta e não tanto quanto a Bella adolescente. Troquei de blusa, mas Alice falou para ficar com a calça jeans e com os saltos, fiz como ela disse, em pouco tempo já estávamos entrando em sua rua, ela falou que a casa dele era no fim da rua, como era em uma colina, a vista daquela casa deveria ser a melhor de todas. Ela me deixou na porta prometendo me ligar no dia seguinte para combinarmos algo. Fui até a porta e toquei a campainha, me virei pra ver a vista, era realmente maravilhoso, dava pra ver toda a cidade e toda a floresta ao redor. Foi aí que senti olhos em mim, me virei e o vi pela primeira vez.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Adaptação

Entrei em um velha discussão outro dia...

É plágio ou adaptação, quando você usa uma obra que gostou muito?

Enfim, eu e meus neurónios entramos em colapso e tivemos que pedir ajuda aos universitários (foi minha mãe mesmo), que no calor da conversa me mandou ir procurar no Google! (Poxa, é minha mãe você queria que ela me mandasse pra onde?)

Bem, enfim, acabei por concordar que é sim, plágio, quando você usa a obra de outro autor, MAS se você apontar o autor e as mudanças realizadas na obra, poderá sim utilizar como uma ADAPTAÇÃO!

E é pra isso que esse espaço serve...

Pelas minhas caminhadas virtuais noturnas ao som de Landon Pigg, encontrei diversas adaptações que me fizeram conhecer e, principalmente, gostar de obras das quais eu nunca havia ouvido falar. Devo dizer que muitas me surpreenderam, então entrando na onde da #adaptacaosim, fica aqui um espaço para essas obras que estão escondidinhas aí!

Na próxima semana começo a postar uma Adap. pra vocês, mas quero também que mandem sugestões, criticas e observações, ou até mesmo um beijo pro papai e pra mamãe! ^^

E pra vocês...

Um mega bju ^^ !!!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

DERBY GIRL - "Um mundo sobre rodas"



Podia ficar pior?


Assim, não sei ao certo quando tudo começou, até onde eu me lembro, eu estava morando na Califórnia (Oh, santo calor!), ia à escola normalmente, tinha algumas amigas e até um carinha que me chamava a atenção (tá, não é bem assim, um paquera, mas vamos considerar os fatos, eu sou tímida com os garotos, e a maioria deles não perece me notar), estava tudo perfeito... Ou não.

Desde os meus sete anos eu competia na patinação artística, era o sonho da minha mãe e eu nunca me impus, já havia ganhado alguns títulos e chego a algumas finais de campeonato. Pois bem, no começo era legal, afinal eu só tinha sete anos, e naquela época qualquer coisa era muito legal, mas com o passar dos anos e os títulos se acumulando, eu comecei a achar aquilo maçante, nunca tinha tempo para a escola, ou para amigos, pois afinal de contas 99% do meu tempo eram empregados ao treinamento, o que não me deixava muita escolha. Acabei me dedicando aos estudos no meu pouco tempo livre, pois é, virei a nerd da sala que sabia patinar, o que não só me trouxe constrangimento, pois os meninos nunca se aproximavam de mim, como também preocupações, pois as meninas caçoavam, e isso quando não eram cruéis comigo, me deixando totalmente excluída de toda a turma.

Aos quatorze anos minha vida deu uma guinada, ao fazer uma pirueta mal sucedida finalmente eu quebrei um braço, vocês devem me achar louca por isso, mas pensem em como se sentiriam se não tivessem que fazer algo que não gostem por oito meses. Pensaram? Pois é, fiquei tão feliz que quase quebrei o outro braço! Nesse período fiz amizades que conservo até hoje, fui a festas e finalmente comecei a ser notada pelos meninos, não que fosse grande coisa, mas eu estava finalmente me libertando. Mas como eu disse, só duraram oito meses. E após uma grande discussão, minha mãe concordou em reduzir meu tempo de treinamento. Mas bem, agora é diferente.

Eu já tinha me decidido, não iria mais fazer patinação artística, esporte que eu fazia desde os meus sete anos de idade, sem nunca ter faltado e já fazia duas semanas que não ia ao treino e eu estava me preparando para contar para minha mãe. Naquele dia eu cheguei em casa mais cedo, eu teria prova no outro dia e eu queria estudar. Mas nem bem entrei.

- ISABELLAAAAA – O grito ecoou pela casa toda.

Ops, desculpa, esqueci de me apresentar, não é? Eu sou Isabella Swan, tenho 17 anos e estou no último ano do colegial. Olhando a primeira vista, talvez você ache que eu sou assim, fútil, mas me desculpa, meu lado rebelde está bem guardado, mais precisamente dentro de um fundo falso no meu guarda roupa. Lá sim, está eu mesma. Mas não pense bobagens, ali só tem uns bons e antigos CD´s de rock, umas camisetas de banda e meu lindo All-Star, mas agora você deve estar se perguntando por que tanto segredo. E eu respondo. Minha Mãe!

Ela simplesmente acha que uma garota não deve se comportar como um menino, que vestidos e saltos são essenciais na vida de uma pessoa, e que a patinação é a melhor coisa que eu faço, isso nos leva de volta ao meu pesadelo.

- Isabella, o que você pensa que está fazendo? – Ela estava ao pé da escada, enquanto eu estava quase na metade. Via-se claramente pelo seu rosto todo contorcido que ela estava com muita, muuuita raiva. – Está jogando o seu futuro pela janela!

- Mãe, se acalme, vamos conversar. – Eu falei tentando conter o tornado que atingiria a Califórnia em segundos, é claro, não deu certo!

- Você está ficando louca? Recebi ligações da sua treinadora, e ela me disse que você não comparece aos treinos há duas semanas! - Ela me olhava incrédula. – Você só pode estar usando drogas? Ou é algum rapaz? – Por essa eu não esperava ela pegou o meu braço e me sacudia enquanto falava, a fúria tomou conta de mim e eu não me segurei.

- É isso mesmo! Eu estou dormindo com todo o time de futebol, e adivinhe só, você vai ser vovó, mas não se preocupe, pois vou vender a criança para ter dinheiro pra sustentar meu vicio! – Em poucos segundos senti meu rosto arder e o barulho do tapa que minha mãe tinha proferido em meu rosto ainda ecoava pelos meus ouvidos.

Subi correndo e chorando para o meu quarto a deixando ali, parada na escada. Naquela noite fiz algo que nunca pensei em fazer. Liguei para o meu pai.

Uma babá perfeita




3. Perfeita

Edward


Ela estava parada de costas pra mim, seus longos cabelos castanhos batendo na cintura, reparei em seu corpo em uma justa calça jeans, salto altos e tinha belas formas. Ela se virou como admirasse a região, e para mim, como se fosse para eu terminar de admirá-la. Logo vi seus olhos que me olhavam com certa curiosidade.

- Oi – Ela falou e corou no mesmo tempo, como se percebesse todos os pensamentos impuros que passava na minha cabeça.

- Oi, deve ser a Srta. Swan, entre, por favor. – Falei, indicando para ela entrar

Ela entrou e olhou ao redor. – Linda sua casa.

Sorri como comentário educado – Obrigada, não quer se sentar? – Indiquei o sofá.

- Claro.

Conversamos um pouco, e ela era adorável, avaliei o seu currículo que era impressionante para uma pessoa que estava procurando um emprego de babá, além de ela ter cursado faculdade de administração, ela tinha fluência em francês e italiano, perguntei a ela a respeito da experiência com crianças e se já havia cuidado de alguma antes.

- Já fiquei de babá muitas vezes durante o colegial, até arranjar um emprego fixo, e às vezes eu o fazia para tirar um extra, mas depois que comecei a fazer faculdade não tive muito tempo.

- Bem, você parece ser bem responsável, mas me diz, por que você não está atuando em sua área, porque pelo que pude ver em seu currículo, você é muito mais qualificada do que o salário que eu estou oferecendo.

- Sr. Cullen eu não... – Eu a interrompi

- Me chame de Edward, por favor.

- Sim, claro, então Edward – Ela deu um leve sorriso e corou, o que a deixou ainda mais bonita – Sei as minhas qualificações, e não estou em busca de salário ou de nada envolvido com a minha carreira, sei que pode parecer estranho para o senhor, mas estou buscando um pouco mais de tranqüilidade.

A resposta dela me deixou sem palavras, combinei que ela viria no próximo dia para conhecer Vanessa, para daí então ter certeza que ela de fato ficaria conosco ou não.

Naquela noite fui jantar na casa dos meus pais, estávamos todos na mesa de jantar, minha mãe, meu pai, Vanessa que estava adorando passar um tempo na casa dos avós, Alice e o seu noivo, Jasper, que era meu colega na época de escola, porém quando ele e Alice começaram a namorar acabamos por ter uma amizade, e eu.

- Então Edward, o que achou de Bella? – Alice perguntou com um sorriso no rosto.

- Ela parece ser uma boa moça – respondi, mas por dentro eu só lembrava suas curvas, de seu sorriso, da sua voz mansa, ela realmente era uma bela mulher.

- E mesmo? – ela sorriu mais ainda – É ela realmente é uma boa moça.

- De que Bella vocês estão falando? – Meu pai perguntou curioso.

- Da filha do Charlie, Carlise – Jasper respondeu, provavelmente Alice já tinha passado um relatório completo e enfeitado com todas as alucinações dela.

- Eu a entrevistei hoje para o cargo de babá de Ness – respondi

- Hum, então é verdade que ela voltou. Bem, fico feliz, fui eu que cuidei dela na noite do acidente, não imaginei que depois do que ocorreu ela voltaria para cá. – Ele falou.

- É eu pensei a mesma coisa. – minha mãe falou. – Mas Mike também está fora da cidade há anos, acho que ela não tenha com o que se preocupar.

- Eu estou ficando confuso com essa historia toda, alguém pode me ajudar. – Finalmente consegui falar.

Todos se olharam.

- Bem, Ed., eu não queria falar nada é porque Bella é minha amiga, mas você vai acabar sabendo de qualquer forma, essa cidade é pequena demais para segredos. – Ela tava me assustando. Ela tomou mais um gole do seu vinho e falou – No final do terceiro colegial Bella trabalhava na loja dos Newtons, aquela para equipamentos esportivos, Mike, o filho deles era louco por ela, um dia no final do expediente ele tentou agarrá-la, mas é claro que ela não deixou e falou que contaria para os pais dele, o negocio ficou feio, ele bateu muito nela e a amarrou, eu nunca perguntei de fato os detalhes para ela, mas eu acho que ele já estava alcoolizado nessa hora porque ele a jogou no carro dele e saiu a toda pela cidade em direção a praia, a sorte é que Bella estava começando a sair com o Jacob, e nesse dia ele iria buscá-la pra saírem, bem, o cara viu tudo, ele chamou o pai dela e ele seguiu os dois, mas o Mike estava muito bêbado e dirigindo rápido demais, ele bateu o carro que capotou por diversas vezes, foi um acidente horrível, e por incrível que pareça ele saiu só com alguns arranhões, mas ela – Alice olhou pra baixo triste. – Ela ficou muito tempo no hospital e quando saiu, a mãe dela veio buscá-la, ela nunca mais tinha pisado em Forks. Os Newtons espalharam que era ela que estava no volante e que estava bêbada, e que estava só tentando ganhar alguma coisa dando em cima de Mike.
Eu mal conseguia respirar, imagens de um acidente, há um ano, veio em minha mente com bastante clareza, imaginar que ela já teria passado pelo que eu passei era incrível, mais incrível ainda era lembrar-se de seu rosto e imaginar que alguém já ter feito uma barbaridade dessas com ela.

- Nossa, que coisa horrível! – O clima tinha ficado pesado com o assunto.

- É sim, quando ela chegou ao hospital achei que não teríamos muito que fazer, mas ela é uma garota forte. – Meu pai falou.

Depois de alguns minutos com todos comendo em silencio, minha mãe trouxe a sobremesa e aos poucos a conversa foi voltando, quando me dei conta já estava na sala de estar da casa de meus pais com Ness deitada no sofá com a cabeça em meu colo.

- Ed, a Ness vai dormir aqui essa noite? – Alice me perguntou

- Vou levá-la pra casa, ela tem que se acostumar a dormir lá. – Dei um longo suspiro. – E amanhã Bella vem conhecê-la.

- É por causa disso que você está tão calado essa noite? – Ela me olhou e me deu um sorriso que inspirava malícia.

- Não Alice – respondi secamente

Levantei-me, peguei Vanessa no colo e me despedi de meus pais, fui para casa, no caminho só conseguia pensar que Alice estava enlouquecendo, todas aquelas perguntas estavam me irritando, mas era Alice, sempre que enfiava alguma coisa na cabeça era difícil dissuadi-la daquilo.

Under Construction

Em construção é uma parte totalmente dedicada a novos projetos e vamos inaugurá-lo hoje (aplausos), porém não é só minha, ela está disponível para quem quiser enviar o seu rascunho ou seu projeto que ainda está em construção, ok?

Estou recebendo bastante visitas, mas ainda não vi os comments. Cade menines???

Que rufem os tambores!!!

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Depois que o sol nascer

Fic escrita by issiawa

Crepúsculo - Bella/Edward

Rascunho: +16 anos


A noite


- Edward, você já vai? – Jasper me perguntou levantando a voz para se fazer escutar no bar lotado.

- Sim, estou cansado. – Eu respondi. Naquele dia apesar de não ter tido tanto trabalho, me sentia estranhamente cansado e sonolento.

- Sozinho? – Emmet surgiu ao lado dele, perguntando incrédulo.

- É, acho que hoje a noite vou me dar um descanso. – Falei chegando mais próximo deles, desviando de algumas garotas que insistiam em esbarrar em mim. – To cansado.

- Nossa, deve tá ficando doente. – Rosalie falou sendo abraçada por traz pelo meu irmão mais velho. – Afinal, você é sempre o último a sair.

- E nunca sozinho. Diga-se de passagem. – Jasper falou, veio em minha direção e me deu um tapa no ombro. – Se precisar de algo, me ligue, está bem?

- Sim cara, mas não se preocupe.

Saí do bar ainda era cedo, um Burguer King me chamou a atenção no caminho, mas o cansaço foi maior, não parei. Fui direto para casa. Eu morava sozinho em um prédio no centro da cidade, era um apartamento pequeno, mas confortável. Sem contar que eu tinha a vista mais magnífica de São Francisco. Bella. Era assim que os porteiros a chamavam.

Ela havia se mudado para apartamento ao lado do meu há alguns meses atrás. Ela era lindíssima, com longos cabelos castanhos e olhos na cor de chocolate contrastando com sua pele clara. Pouco eu sabia dela, a verdade é que nos meses que ela havia se mudado, as poucas vezes que nos vimos, nunca consegui a encontrar sozinha, ou ela ou eu estava com alguém, o que não e deixava tão a vontade para iniciar uma conversa, mas o dia chegaria, eu tinha certeza.

Ao chegar em casa, fiz o de habitual, tirei os sapatos e a carteira do bolso, joguei junto com a chave do carro em cima a minha mesa de centro e corri para a cozinha, peguei um copo de suco e ainda com as luzes desligadas fui para a janela. A janela que dava a vista para a casa dela.

Ela estava lá, ao telefone, parecia discutir com alguém, aos poucos comecei a notar que ela também chorava. O que me apertou o coração. Eu por vezes me sentia mal por observá-la às escondidas, mas creio que ela nunca notara isso, pois sempre estava com as cortinas abertas sem nenhum constrangimento. Como se ela nem soubesse de minha existência. O cansaço nessa hora já havia me deixado, de alguma maneira estranha, ao vê-la chorando eu quis abraçá-la, o que era bem estranho, afinal, nem a conhecia, não sabia nada de sua vida, o que fazia ou o que gostava. Não sabia nem se ela tinha alguém, mas creio que não, no pouco tempo em que eu a observava, nunca a tinha visto com ninguém, parecia até mesmo solitária.

Em certo momento eu a vi sair da sala, sem ter o que ver fui me deitar abri a janela de meu quarto e me deitei na cama, mas foi ao olhar para a janela que vi o terraço do meu prédio, do lado do bloco onde Bella morava, ali eu tinha a visão perfeita do topo onde eu a via sentada, como se fosse se jogar, lembrei que a vi chorando muito, ela iria se jogar e não havia ninguém para impedir. Alias, havia sim, eu.


Segundos que contam


Quando eu era pequeno, minha mãe, D. Esme, me levava todos os domingos a igreja, falava que éramos abençoados por termos tanto, enquanto haviam pessoas que não tinham nada. Aquilo para mim, nunca foi muito claro, era até óbvio. Aprendi indo na igreja que roubar e matar eram pecados, que cobiçar era pecado, que julgar era dever de Deus, mas que principalmente atentar a própria vida era a passagem direta para o inferno.

Nos poucos minutos que tive para correr para as escadarias de emergência, que me davam acesso ao topo do prédio, meus pensamentos foram povoados pelas palavras de um padre em uma missa dominical.

“O suicídio é um pecado escandaloso, que atenta contra os direitos de Deus, supremo e único Senhor da vida e da morte. É um pecado que agride brutalmente o convívio familiar e social, privando os familiares e os amigos da presença de um ente querido, e muitas vezes de um sustentáculo material, afetivo e espiritual. É um pecado gravíssimo que precipita a alma diretamente no inferno.” (N/A: Palavras do Cônego José Luiz Villac, disponível em catolicismo.com.br)

Apesar do escuro que estava pude ver de longe sua silhueta. Não poderia abordá-la de surpresa, ela poderia se precipitar e pular, então com calma me fiz presente fechando a porta de emergência com um pouco mais de barulho do que eu normalmente faria.

- Não acho que deva fazer isso. – Falei com medo da reação dela.

- Fazer o que? – Ela me perguntou

- Posso me aproximar? – Perguntei ainda temeroso com a sua resposta

- Sim. – Ela falou ainda mirando o horizonte.

Fui devagar até ela e me sentei, desconfortavelmente ao seu lado, eu odiava lugares muito altos. Ela não me olhou, seu cabelo cobria parcialmente o seu rosto, ela usava um vestido marfim e suas pernas pendiam para fora do prédio, o que realmente me deixava desconfortável, pois apesar do prédio de oito andares não parecer assim tão alto, uma queda daquela altura certamente seria fatal.

- É linda, não acha? – Ela perguntou.

- É...er – Eu me referia a ela, mas depois que respondi que notei que ela falava de outra coisa. – Desculpe, mas do que vo...

- A cidade. A noite. É linda, não? – Ela me interrompeu.

- É, é sim. – Falei olhando para o horizonte. As luzes da cidade eram tão harmônicas que de tal forma só ali nos minutos que passamos em silencio pude notar o quão lindo era a cidade vista a noite.

- Por isso está aqui? – Perguntei, com um pouco de receio de escutar a resposta. – Por causa da vista?

Ela estava olhando para as mãos quando fiz a pergunta, mas ela parou, olhou novamente para as luzes da cidade e voltou-se para mim. Com um lindíssimo sorriso no rosto. Como nunca percebi que ela era a mulher mais linda que eu havia visto.

- Não.

- Você estava pensando em se jogar daqui?

Ela explodiu em risadas. – Não.

- Desculpa, mas você estava chorando e depois te vi aqui. A única explicação em que pensei é que fosse se jogar.

Na mesma hora ela parou de rir. Olhou para o horizonte, o vento que atravessava seus cabelos com cada vez mais força, anunciava uma forte chuva a caminho.

- Nunca pensei em suicídio. Isso vai de encontro com todas as coisas em que acredito, forçar a minha morte... – Ela deu um pequeno sorriso, como se achasse graça nas próprias palavras. – Por que veio até aqui?

- Vim atrás de você. – Ao terminar de falar vim seu rosto se iluminar e um grande sorriso aparecer. – Venha, vamos entrar, está ficando frio aqui fora.

Me levantei primeiro e bati a poeira da minha roupa, fui ajudá-la a se levantar, não tinha reparado como o vestido ia até a metade de suas canelas, até que ao tentar se levantar ela se enroscou no próprio vestido, e tudo aconteceu muito rápido. Sua pequena sapatilha prendeu na borda da parede, enquanto o seu vestido embolava em suas pernas, dando fim ao pouco equilíbrio que ela tinha e quando eu corri para segurá-la o baque surdo do corpo no chão se fez presente em meus ouvidos.

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Iaí o que acharam???

Aguardo respostas, heim!

Mega Bjus!!!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Uma babá perfeita

2. Entrevista

Edward

Já estava em Forks há uma semana, iria começar a trabalhar em poucos dias e ainda não havia encontrado ninguém para ficar com a Vanessa. Já havia feito diversas entrevistas, mas nenhuma pessoa me agradou de fato, uma que se aproximou do que eu queria era Ângela, ela aparentemente tinha experiência com crianças, e era muito bem recomendada, porém ainda estava no colegial e eu precisava de alguém que pudesse ficar com a Vanessa durante o dia e algumas vezes durante a noite dependendo do meu plantão no hospital. Estava tomando café da manhã com minha mãe.

- Filho, se tivesse como, juro que ficaria com ela, mas tem o escritório, não posso largar tudo lá. – minha mãe falava com dor nos olhos.

- Eu sei mãe, não precisa se preocupar, vou arranjar alguém para ficar com Ness. – eu falei segurando sua mão.

Alice, minha irmã mais nova, veio saltitando até mim. – Acho que conheço uma pessoa! – me deu um beijo no rosto – Bom dia irmãozinho!

- E quem é essa pessoa?

- Uma amiga da época de escola, ela está voltando para Forks e ainda não tem emprego. Talvez ela aceite ser sua babá. – Ela falou colocando um imenso pedaço de pão na boca.

- Quem é Alice? – Minha mãe perguntou

- Bella, filha do Charlie Swan.

- Ah, pensei que ela não voltaria mais, depois de tudo o que aconteceu. Mas que bom que ela está voltando, o chefe Swan deve estar muito feliz. – Esme comentou tomando o café.

- O que foi que aconteceu com ela? – perguntei voltando para Alice, tinha ficado curioso, afinal queria saber o máximo possível da pessoa que poderia cuidar da minha filha.

- Ai, Ed é estranho falar, afinal ela é minha amiga, mas em resumo ela teve problemas com um cara e ele se tornou um tanto violento, chefe Swan teve que se meter na história, depois ela foi fazer faculdade em New York, desde então, só trocamos e-mails. – Alice dizia, estava claro que ela estava escondendo muita coisa, mas tenho certeza que se essa garota não fosse boa para ficar com Ness, Alice nunca a cogitaria.

- Tá ok, Ali, será que eu já a conheço? Afinal, eu costumava conhecer suas amigas da época de escola. – Falei sorrindo, Alice era mais nova que eu seis anos, quando ela entrou no colegial eu já estava na faculdade em Seattle, porém nas férias que eu vinha pra casa sempre ficava com alguma amiga dela.

- Definitivamente não! – Ela falou rindo – Ela se mudou para Forks no começo do colegial, além de não fazer um terço do seu tipo, ela nunca passava as férias aqui. Ed, sem querer ser chata, afinal faz pouco tempo que você está aqui, mas mais por curiosidade, quando a sua casa vai ficar pronta?

- Já está me expulsando, Ali? – perguntei com o meu melhor sorriso, afinal eu sabia exatamente o que ela queria.

- Alice! – Esme, minha mãe, falou – Você pode ficar o tempo que quiser. – Ela falou pra mim passando a mão no meu rosto. – Alice, até parece que não quer seu irmão aqui.

- Mãe, não é isso. Só quero saber quando a reforma vai terminar para que eu possa decorar toda aquela casa.

Dei risada, era muito bom estar em casa, era muito bom estar com a minha família novamente.

- Amanhã você já pode ir arrumar tudo. – Falei e ela me deu o seu melhor sorriso.


Dois dias depois eu já estava instalado em minha casa. Não estava exatamente tudo arrumado, mas o meu quarto e o de Vanessa estavam, e como morávamos no mesmo quarteirão de minha mãe ainda não havia me importado comprar comida. Escutei meu celular tocar em algum lugar do meu lado, estiquei o meu braço tateando tudo. Atendi sem nem mesmo olhar no visor.

- Edward, desculpa se te acordei, mas já são 10 horas da manhã.

- Tá certo Alice. – falei sentando pra tentar por os pensamentos em ordem.

- Estou com Bella, e ela quer saber que horas que pode passar na sua casa para a entrevista.

- Hum. Fala pra ela vir hoje à tarde. – falei deitando novamente.

- Ok, falo sim. Edward, vou aproveitar que ela foi pegar um café e vou logo dizendo. – Alice falou quase sussurrando. – Ed, quando eu falei que ela não era o seu tipo, eu estava enganada, ela mudou muito nos últimos anos, mas lembre-se que ela vai ser a babá de sua filha, então nada de gracinhas. Tchau. – Desligou.

Confesso que por um momento eu fiquei confuso. Resolvi levantar e ir pra casa de minha mãe comer algo. Depois eu voltaria pra terminar de arrumar as coisas que estavam faltando.

Já durante a tarde eu estava terminando de por os moveis na sala, estava tudo do jeito que eu gosto, Alice tinha me ajudado a comprar alguns moveis e os outros que eu havia mandado trazer de Seattle tinham chegado na noite anterior sendo assim pude terminar de arrumar, quando escutei a campainha.

Dei uma ultima olhada na sala, estava perfeita, não iria mais mexer nela. Fui em direção a porta e abri, foi quando eu a vi.

Fic da Parada

A Infiltrada

Autora: Natália Marques.

Shipper: Edward/Bella/Volturi e outros.

Classificação: K+


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Sinopse: Ele era o general responsável pela turma de novatos.

Frio, rude, impassível, com o rosto sem um teor de sorriso e provavelmente com uma pedra no lugar do coração.

Quando Isabella Swan, membro da máfia Volturi, assume identidades falsas, e se infiltra em um órgão de inteligência dos EUA, ela não esperava encontrar o general Cullen como uma pedra em seu caminho.

Um ódio mortal parece movimentá-los, e Bella então descobre que a única maneira de concluir sua missão, e assim tornar dos Volturi á máfia mais poderosa e magnânima do mundo, será se infiltrando em outro lugar:

No coração do temível e impenetrável General Edward Cullen.


Note of Issia: É uma das melhores fic que já li!

E digo isso, não só por mim... É maravilhoso o que vejo de comentários e seguidores dessa fic/autora

http://www.fanfiction.net/s/5613117/1/A_Infiltrada (Link que a fic tá mais completa!!!)

Bem #ficadica!!!

#ficadica

Tá bom, quem sabe o filme mais esperado para esse mês de Junho???

Ahaaaaa... Acertou quem falou Eclipse!

É quase impossível não se conectar em qualquer site de noticias ou entretenimento, ou ligar a TV (principalmente para quem assiste MTV) e não se deparar com noticias, clip ou o trailer!

Para aqueles tão fãs quanto eu... #ficadica da semana!!!

Música - Muse - Neutron Star Collision (Love is Forever)


Tenho que confessar que essa música demorou a cair no meu gosto, mas definitivamente não tem como não gostar!

Filme - Eclipse


Livro - Eclipse (Melhor parte??? Eu sinceramente fico em dúvida entre a cena da barraca e a cena do quarto do Edward! Para quem não leuuuu... Leia!).
Mas ai você deve tá pensando... Ah, mas esse livro eu já li!
É ai que tá a coisa, leia de novo para assistir o filme, mas caso não queira dou uma dica extra!
A breve segunda vida de Bree Tunner - Esse eu ainda não li! CONFESSO! Mas já comprei, pretendo lê-lo ainda essa semana. Ele é bem curtinho e quem leu falou que gostou, mas que não foi nenhum abalo sísmico em suas vidas! Mas eu sou fanática e em breve falo o que achei pra vocês!!!

Posto mais dicas em breve...

Aceito sugestões para próxima semana!!!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Uma babá perfeita




A "Uma babá" já foi finalizada no canal Nyah, mas me vi na obrigação de colocá-lo aqui também

Um mega bjo!


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Após perder sua esposa em um acidente de carro, Edward decide voltar para Forks para ficar mais perto de sua familia.



Mas ele vai precisar de ajuda pra cuidar de sua filha, o que ele não sabe é que a babá destinada a isso também cuidará de seu coração




1. Recomeço

Edward

Eu estava ficando louco, tudo ainda era muito recente. Cada detalhe daquela noite ainda estava comigo, e eu não conseguia me esquecer de nada.

“Estávamos em uma festa do hospital, era mais um evento social do que para ganhar fundos, mas sempre funcionava. Elizabeth estava lindíssima, como sempre, mas trazia um vinco na testa.

- Que foi? Não está se divertindo? – Perguntei a ela

- Não é isso Edward, é que não gosto de deixar nossa filha com babás. – Ri com sua explicação, claro, também não gostava de deixar Vanessa com babás, mas isso nunca foi motivo pra preocupação, afinal Molly, nossa babá quase oficial, tinha 16 anos e era responsável.

- Liz, não se preocupe tanto. Molly é responsável e Ness é uma boa menina. Tome isto! – peguei um copo de champagne de um garçom que passava próximo a nós e entreguei a ela – Divirta-se um pouco e relaxe.

Depois disso vi que ela se tranqüilizou bebemos mais um pouco, conversamos com conhecidos quando eu percebi que já era tarde fomos embora, no banco do passageiro ela dormiu, eu estava tentando sintonizar em uma radio. Daí foi tudo muito rápido. Meus reflexos foram lentos, eu sem perceber tinha me desviado pra a pista ao contrario na mesma hora em que um caminhão de madeiras vinha em nossa direção, só vi que estava muito próximo, olhei pra Liz, ela estava linda dormindo, sem o cinto, só tive um reflexo, desviar.”

Uma semana depois eu estava no hospital, ainda internado, minha esposa que com o acidente havia sido jogada pra fora do carro, estava sendo enterrada. Minha filha de apenas cinco anos estava sem mãe.

Todas as noites o mesmo pesadelo me assombrava, e quando voltei pra casa, tudo só parecia piorar. A casa, o cheiro, os móveis, tudo me fazia lembrar e me sentir culpado pela sua morte, minha família tentava me consolar, mas estava sento difícil.

Tentei seguir com a minha rotina durante os meses que se passaram, mal tinha percebido que havia se passado um ano de sua morte, pra mim ainda parecia ter acontecido há dias atrás. Resolvi então que já era hora de mudar. Literalmente.

Fiz alguns contatos, consegui uma colocação no hospital de Forks. Seria bom pra Vanessa ficar próxima da família agora e para mim também. Em poucos dias nos mudamos definitivamente de Seattle.

DERBY GIRL




Hoje vou começar as postagens de DG

Note: Personagens não são meus e blá blá blá

Conteúdo desse post é livre!!!


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Prólogo

No mundo alucinante do Roller Derby, eu caí de para quedas... Ou melhor, caí de patins mesmo!

Aos dezessete anos me mudei para Forks, fugindo de uma vida que eu não queria. Vim para uma cidade onde não conhecia ninguém, e tão pouco alguém me conhecia, a não ser pelo meu pai, que não o via há quinze anos.

A onde eu morava minha vida era em cima de um par de patins, hunf, Santa Maria da Ironia! Eu praticava patinação artística. O sonho de minha mãe! E eu? Eu odiava!

Eu queria emoção, queria fazer algo onde meu coração explodisse de adrenalina todas as vezes que eu fizesse. E ficar rodopiando ou fazendo acrobacias, não é bem uma definição de emoção, pelo menos, não para mim.

Até que... Bem, até que bem longe de todo o resto do mundo eu encontrei a minha paixão, e com ela veio também o amor!

Em um pequeno panfleto em uma loja qualquer:


MULHERES, MINI SAIAS E PATINS!

Hospital Derby Girls X Midnight Rollers

Show no intervalo de SNOW CUTE

Isso não é para lideres de torcida!

Foi aí que minha vida mudou...

No title - Parte I

Oieeee,

Eu sei quem tá chegando agora, não deve estar entendendo muita coisa.

Então como boa anfitriã que sou (mentira), vou explicar o que está acontecendo nessa novela (minha vida)!

Eu, Issia, escrevo fics e afins. Tenho verdadeira paixão, por cinema, teatro, música e principalmente livros.

Amo ler, tanto que em um dos piores momentos eu encontrei nos livros de ficção um verdadeiro refugio.

Os livros da Saga Crepúsculo, me tiraram não só da depressão (sei que parece bobo e infantil, mas eu realmente estava mal e precisava de algo mais interessante para me tirar da inércia e da vontade de pirar que eu estava) como também me deram algo para eu pensar. Então nos cinco dias em que levei para ler todos os livros eu me apaixonei, não só pela história (pois sim, eu tive momentos que quis matar Stephenie Meyer, por escrever algo tão absurdo), mas pelos seus personagens e suas personalidades. Através deles eu descobri um outro mundo. Fanfics!

Comecei a ler tudo que eu encontrei pela frente. Descobri as histórias adaptadas, as mais picantes (que tem nomes em japonês que nunca sei o que são), e de fã das criações de outras pessoas, me vi com a necessidade de expressar também a minha opinião também.

Comecei "Uma babá perfeita" em um fim de semana de folga, se não me engano, no qual um filme de mesmo nome passava na TV. Sem pretensão de me fazer presente no mundo fic, comecei a escrever e naquele dia mesmo a fic foi publicada. Minha alegria foi completa quando dias depois comecei a receber reviews.

Desde então, não parei mais.

Devo confessar que meu trabalho não ajuda muito, mas a minha vontade de abrir meu coração e minha alma é cada dia mais forte.

E quando tive problemas para publicar as histórias que me tomam o coração, criei esse blog!

Aqui ficará não só armazenado as fics que escrevo, para quem quiser ler, mas também aquelas que são projetos, e também as pesquisas realizadas durante o todo o tempo.


Um mega beijo!

Issia*