DERBY GIRL - Um mundo sob rodas

15. Podemos testar teorias?

- Vai me convidar para entrar? – Edward perguntou. Eu nem tava sentindo mais as minhas pernas, fora o meu estomago que estava uma bagunça. Mas acho que foi quando ele deu o, conhecido e tão comentado pelas garotas, sorriso torto, que eu caí na real e todas as coisas que me falaram ontem rodearam mais uma vez minha cabeça.


- Pode entrar. – Falei lhe dando passagem.

Ele entrou e observou a sala. – Então... Estava ocupada? – Ele perguntou

- Não, na verdade eu estava quase cochilando. – Envolvi meus braços na minha cintura, pensando na besteira que eu tinha acabado de falar. Claro que ele deveria estar acostumado a encontrar as meninas todas arrumadas, e não vestidas como se tivessem pego as roupas no escuro, mesmo que fosse para dormir. Garotas como a Tanya, mas eu não era como ela. – Então?

- Então? – Ele repetiu minha pergunta

- Por que está aqui? – Perguntei já desistindo de tentar adivinhar.

- Ah, sim... Trouxe isso pra você. – Ele falou e me entregou uma sacola. – Sua blusa. Você esqueceu no meu carro ontem a noite.

- Ah, sim... Obrigada. – Respondi sem jeito.

- Por nada. – Ele falou. Ficamos uns cinco segundos, que pareceram duas horas nos encarando, até que ele voltou a falar. – Tá a fim de tomar um café, ou algo assim?

Tá bem, o cara é gato pra caramba e dispensá-lo seria cruel de mais, e por mais que ele não estivesse namorando a Tanya, havia todos aqueles avisos sobre ele. Enfim, eu não tinha como escapar.

- Não posso.

- Posso perguntar o por quê? Tem algo haver com a minha irmã, Alice?

- Er... Bem... – Não sei mentir, já falei isso pra vocês? – Sim e não. – Tá ele fez uma cara muito fofa, de confusão total. – Edward, agradeço por aquele dia no lago e também por ontem, mas eu não posso sair com você.

- Nem como amigos? – Ele me perguntou.

- Mas não somos amigos.

- Mas poderíamos ser. – Ele respirou fundo. – Olha é sério, você me parece uma garota legal, e é só um café. Nada além de amizade. – Ele levantou as mãos pra cima como estivesse se rendendo.

Porcaria a Alice ia querer me matar!

- Está bem, eu vou me trocar. – Subi rapidamente e coloquei um jeans com uma bota e a primeira blusinha que encontrei no armário, uma azul com renda nas costas, puxei a jaqueta preta de cima da cadeira e corri pra baixo. Em menos de dez minutos eu estava pronta. Quando eu desci, ele estava olhando as fotos na estante da sala.

- Essa é você? – Ele perguntou olhando para uma foto que eu reconheci com a foto do campeonato estadual dois anos há trás, na foto eu estava com um colan vermelho e no meio de um rodopio. Minha mãe sempre mandava as fotos para o meu pai, não por que ela quisesse, mas porque ele insistia.

- Sim. Isso foi no campeonato estadual, há dois anos. – Falei pegando a minha bolsa no sofá. – Vamos?

O caminho foi silencioso e definitivamente eu não fazia a menor idéia o que eu estava fazendo.

- No que está pensando? – Ele perguntou.

- Estou me perguntando o que você afinal quer comigo. – Respondi assim. Na lata!

- E o que você acha que é? – Ele me perguntou e um sorriso muito sacana surgiu em sua face. Ai Meu Deus!

- Não sei, realmente não sei. Na verdade você não parece ser esse monstro que todos pintam, mas vai saber, não é mesmo? – Respondi e ele riu. Uma gargalhada tão gostosa, ai!

Prosseguimos o restante do caminho em silencio, na cafeteria ele me pagou um café e conversamos bastante. O estranho é que ele pareceu um cara bem normal, nada do que as meninas falaram, mas eu estava fixa na teoria da amizade e nada ia me abalar. Conversamos e rimos bastante, quando notei já havia se passado mais de três horas que estávamos ali.

- Bem, já tá tarde, preciso voltar – Eu falei olhando o meu relógio.

- Tudo bem.

Fomo até o carro, e eu percebi que ele ia abrir aporta pra mim, mas nesse instante ele me virou me encostou na porta do carro e me beijou.

E lá se ia a minha teoria sobre a amizade por ralo abaixo...

#ficadica

Olá menines!!!

Então meus dias de férias acabando e eu já estou quase em prantos...

Dica de viajem?

Não vão pro Nordeste ou pro Norte em época de campanha politica!!! Até pessoa mais desligada do mundo acaba se cansando do excesso de propaganda do PT por lá... Chega a ser irritante!

Fora isso, tenho dicas de séries!!!

Hellcats



Quem já assistiu essas séries de colegial estilo One Three Hill, The O.C. e talvez Gossip Girl talvez goste muito dessa série novíssima criada pela The CW (mesmíssimos produtores de Supernatural, Gossip, Smallville, entre outras). Sinceramente ela começou a passar agora, lembrando que estamos em summer season para séries, o que é uma grande aposta no sucesso dessa série...
Ela se baseia na vida dos lideres de torcida, Marti é uma garota que perde a bolsa de estudos da faculdade  e não tem como pagá-la, acaba caindo nas graças das lideres e é ai que toda diversão começa. Temos que dar um crédito especial as musicas que são ÓTIMAS e a atuação da Ashley Tisdale (sinceramente, eu não a achava nem um pouco talentosa, mas depois de ver a série eu me mudei o meu ponto de vista), e tenho que dar um Bónus especial ao dramalhão da série que ficou super leve (toda série tem dramalhão, é normal!) deixando o clima que a rodeia bem divertido!

Para quem não tem TV a cabo como eu, mas GRAÇAS AO SANTO DA BANDA LARGA acessem o link para ir direto para a pagina onde eu me divirto!


Lie to me



Eu amo o House e o mau humor dele me diverte. E a única coisa que eu realmente aprendi com uma das séries de maiores sucesso é que TODO MUNDO MENTE!
Lie to me é uma versão 'houseana' do mundo criminal... O Dr. Cal Lightman consegue detectar a mentira analisando as expressões faciais, a linguagem corporal, a voz e o modo de falar de uma pessoa. Ele não descobre apenas se uma pessoa está mentindo, mas o porquê, um dom que o auxilia em investigações criminais. Mas como Lightman sabe bem, sua habilidade científica é ao mesmo tempo uma bênção como uma maldição para sua vida pessoal – onde amigos e familiares mentem uns para os outros tal como qualquer estranho ou criminoso

Para quem nunca ouviu falar, recomendo que assista o Piloto da série. Para quem quer um link rápido!

A ultima mas não menos importante Pretty Litlle Liars



"Nunca confie em lindas meninas com um horrível segredo!" A proposta de sucesso e que está dando o que falar é uma mistura da tão aclamada Gossip com o filme Eu sei o que vocês fizeram no verão passado... dando assim uma série mais teenager de Desperate Housewives... Enfim, na calma Rosewood  os mais lindos sorrisos guardam os mais sombrios segredos. As adolescentes Hanna, Aria, Spencer e Emily escondem o maior de todos e agora elas estão tendo que pagar. Tudo começa quando a vingativa e manipuladora Alison some o que faz a amizade dessas meninas ir barranco a baixo, mas após um ano revelações começam a ser feitas e uma pessoa denominada como 'A' ameaça as jovens com os seus maiores segredos! Ui!

I ai o que acharam das dicas???

Mega bjusssss

DERBY GIRL - Um mundo sob rodas

14. Posso te beijar?

Momento pára o mundo, que eu quero descer!


Ou alguém tava rindo muito de mim nessa hora ou eu realmente estava sendo puxada pela mão até o estacionamento (improvisado, diga-se de passagem, pois todos os carros estavam no meio da rua mesmo) pelo gatissimo presidente do grêmio estudantil e seja lá qual for tudo que ele conseguiu. Na verdade eu estava tão boba com que estava acontecendo q eu não conseguia ver nada, a não ser ele e de alguma forma estranha eu sentia que eu não ia conseguir processar uma palavra.

Ele abriu a porta do carro e se virou pra mim. Fiquei para sem nenhuma reação, segurando a blusa em uma mão e sem saber o que fazer com a outra que ele tinha acabado de soltar.

- Então... – Ele falou – Vai querer ajuda pra se trocar?

PAROU!

O cara é todo bonitão, mas aonde ele achou que me encontrou mesmo??? Não é porque ele tem todas as garotas que ele quiser, que vai poder me tratar dessa forma! E outra, ele não estava namorando? Quem mesmo? Ah, aquela vadia da Tanya! E, eu não sei vocês, mas não é porque ela cairia de boca que eu tenho que fazer o mesmo. Posso ser inexperiente, mas não sou boba!

- Não obrigada, me troco sozinha! – Entrei no carro e antes de fechar a porta pude notar o sorriso em seus lábios. Homens são patéticos! Ai o perfume dentro do carro dele era incrível, eu até ficaria a noite toda ali tranquilamente, mas era melhor eu me apressar. Pude ver que apesar dos vidros serem escurecidos dava pra ver alguma coisa. Dei graças a Deus que usei o maldito sutien de rendas que minha mãe me deu antes de ir embora, falando que nessa cidade nem lingerie se deveria achar com facilidade. Enfim, mães! Quando eu terminei pude notar que ele tinha a testa enrugada. – O que foi?

- Sabe eu tenho a impressão que você foi enviada pra me matar do coração. – Ele falou me encostando no carro. Tá toda a minha autoconfiança foi pro espaço. – Queria poder te beijar agora. – Ele falou se aproximando, e a única coisa que eu pude pensar era que merda eu estava fazendo? Tipo, ele tem namorada! Apesar dela ser uma vaca... Quando ele se aproximou mais pude ouvir um pigarro. GRAÇAS A DEUS. Alice estava com as mãos na cintura e com a sobrancelha levantada.

- Edward, deixe minhas amigas em paz! – Ela falou me puxando pelo braço. – Já passamos da fase de dividir nossos brinquedos, não acha?

- Deixa de ser careta, Alie, só estamos nos divertindo. – Ele falou jogando as mãos para cima como se estivesse se rendendo.

- Pois procure outra pra se divertir, ok? – Ela falou me puxando pelo braço. Enquanto passávamos por todas pessoas dançando na festa. – O que pensa que estava fazendo? – Ela me perguntou.

- Nada. – Ela parou e se virou pra mim.

- Tá ok, mas agora vamos ter uma reunião. E eu peço desculpa desde já pelo o que você vai escutar. – Ela falou e continuou me puxando em direção a casa de Mad. Rose logo apareceu e Alice falou algo para ela, que saiu correndo logo em seguida.

Já estávamos na pequena sala da casa de Mad há uns dez minutos quando todas as garotas do time entraram, inclusive Victoria e Ang, que me olhou com cara de interrogação.

-Bem, desculpe tira-las todas da festa, mas estamos em crise! – Alice fala como se fosse política! – O que vocês sabem sobre namorar caras de bandas. – Todas nas sala olham para Alice como se ela fosse louca, mas nem um segundo depois todas disparam.

- Canalhas completos

- Galinhas

- Sacanas

Todas falam ao mesmo tempo e até Ang parece discutir com Victoria referente se ‘cachorro’ é uma palavra apropriada, já que ela não quer ferir os sentimentos dos pobres animais, mas é Rose que interrompe toda a confusão.

- Mas Alie, do que você está falando?

- Meu estimado irmãozinho, Edward e a Bella.

É unanimo, Edward não presta! E pelo visto todas elas sabem disso, até mesmo Ângela balança a cabeça.

- Não aconteceu nada! – Eu acabo por falar

- Mas estava pra acontecer. Bella desculpa, mas eu te falasse sem elas aqui talvez você não acreditasse, mas todas aqui. – Ela falou olhando para sala. – Quantas de vocês já namoraram caras de bandas?

Todas levantam as mãos, menos Ang que eu sei que nunca namorou.

- E quantos desses caras eram completos idiotas? – Todas mantêm suas mãos levantadas. – Tá vendo Bella. Desculpa por isso, mas não é porque ele terminou com a Tanya que você deve se apaixonar por ele.

- Não estou apaixonada. – Eu falei.

- Está bem, chega com isso Alie, ela já entendeu. – Mad falou e todas as meninas foram saindo da sala. Quando finalmente só estava eu e Alice, ela voltou a falar.

- Desculpa. Não queria que fosse assim. – Ela falou.

- Tudo bem. – Eu falei. – Alice?

- Sim?

- Eles terminaram mesmo? – Perguntei

Ela rolou os olhos e cruzou os braços. – Não está apaixonada, não é mesmo? – Ela falou dando os ombros. – Sim, ele terminou, escutei hoje cedo ele falando. Bella, ele é meu irmão e por mais que eu gostaria muito que desse certo, porque eu gosto muito de você, talvez ele não seja o cara ideal.

- Não se preocupe. – Eu falei e nos como duas adolescentes bobas, nos abraçamos. E depois ela me arrastou pra festa.

Dançamos a noite toda e acabei indo embora com Rose, pois Ang estava ocupada de mais nos braços do tal de Ben.



Acordei tarde e com as pernas doendo de tanto dançar. Charlie havia saído cedo para pescar e depois do almoço Sue levou Clair para Port Angeles para comprar roupas. Ela me chamou para ir junto, mas definitivamente bater pernas em lojas depois de dançar a noite toda não era tão interessante. Eu já estava quase dormindo no sofá quando alguém bateu na porta.

Charlie deve ter esquecido as chaves. Foi o que eu pensei na hora, mas é claro, eu estava toda despenteada, de shorts de corrida bem curto e uma camiseta de AC/DC que deixava metade da minha barriga de fora, que eu usava pra dormir. Sendo o meu pai nem me importei em abrir a porta daquele jeito mesmo.

Merda. Foi a primeira coisa em que eu pensei quando eu vi que ele me olhava de cima a abaixo e cada vez franzindo mais a testa.

- Vou ter um ataque do coração – Ele falou baixo, e eu fiquei sem entender se era comigo ou com ele mesmo que ele falava. Mas uma coisa eu sabia, eu deveria estar mais vermelha que um pimentão!

Merda!

DERBY GIRL - Um mundo sob rodas

13. Podemos fazer amizades? Não?


A noite mal dormida só rendeu uma bela de uma dor de cabeça, mas nada que uma boa conversa com minha amiga não desse jeito.


- Como assim você não vai ficar em Forks? – Ângela perguntou se exaltando, chamando a atenção de quem passava.

- Calma Ang, não é pra tanto. Afinal eu cheguei aqui já na metade do primeiro semestre daqui a pouco vem Natal, Ano Novo e a idéia inicial é que eu volte para casa logo após as datas festivas. Mas até lá ainda temos tempo! – Eu falei.

- Bella, você não entende? Você é a única pessoa que consegue me entender nesse buraco que é essa cidade! E outra, achei que estava feliz com a idéia de ser uma garota rebelde do interior, nunca imaginei que iria querer voltar a ser a filhinha de mamãe, que se veste como a Barbie Malibu. – Ela falou irritada.

- Ângela! Se acalma! – Falei gritando, e pude notar mais alguns alunos parando para observar toda a nossa discussão, a puxei pelo braço para a sala ao meu lado que depois que vi que era o laboratório de química que estava vazio. – Pronto, aqui podemos conversar, e agora me escuta. Eu sou menor de idade, eu não tenho escolhas entende? Quando os meus pais conversaram a idéia era que eu ficasse aqui até as festas de final de ano, porque minha mãe achou que isso iria me acalmar e fazer eu voltar a patinar, como ela queria. De algum modo na cabecinha dela, eu iria ver a vida aqui e iria querer voltar correndo pra casa, só que eu descobri que aqui é minha casa, gosto de mais daqui, e vou fazer o possível pra ficar. Agora respira e se acalma, pois eu não quero de forma nenhuma que alguém saiba que eu vou embora daqui alguns meses, se não, não vai adiantar nada ter me esforçado tanto para entrar para as Midnights, ta bom?

- Tá – Ela falou se acalmando. Mas logo ela me abraçou. – Eu vou sentir sua falta! – Ela falou me abraçando em um abraço tão apertado que desconfio que ela não estivesse malhando. – Mas agora me explica direito essa historia da sua mãe se casar. Achei que ela já fosse casada. – Ela falou me puxando para fora do laboratório e continuamos a ir em direção a nossas salas.

- É e não é, é complicado na verdade. Acontece que eles namoram já faz uns sete anos, só que ele viaja muito com o time beisebol do qual ele faz parte, e ela é muito ciumenta, eles chegaram a morar juntos durante um tempo, mas ele acabou arranjando um apartamento pra ele e tudo mais. – Eu falei.

- Hum, chato... – Ang ia falando mais fomos interrompidas por um furacão chamado Alice.

- Vocês não vão acreditar! – Ela falou saltitando. Mas antes mesmo que pudéssemos falar algo ela disparou – Nossos uniformes já estão prontos!

- Mas e meu nome? – Perguntei, poxa não queria ter que me chamar Bella também no Roller Derby!

- Não se preocupe! Eu tive uma idéia e todo mundo aprovou...

- Menos eu!

- Não se preocupe você vai gostar! – Bem agora era arriscar pra ver. – Então, nesse final de semana vai ter o aniversario da Nessie, vai ser lá em La Push e estão convidadas. Rose já está fazendo o bolo, vocês só tem que aparecerem e mexerem essas bundas por lá, ok? Agora deixa eu ir que o sinal já vai tocar. Beijos! – Ela falou como um torpedo e saiu disparada como um também. Eu e Ang só demos os ombros e seguimos o nosso caminho.

Naquela semana minha mãe, graças a Deus, foi embora e o final de semana chegou antes mesmo do que eu esperava. Quando vi, Ang já estava na porta da casa apertando tantas vezes a buzina que Charlie, foi obrigado a perguntar pra ela se ela estava bem, o que nos rendeu uma boa dose de risadas até La Push.

- Ângela, onde exatamente nos estamos? – Eu perguntei após passar uns vinte minutos onde só víamos mato pela frente.

- Relaxe, já estamos chegando. Ali na frente é a Primeira Praia, faz parte da reserva de La Push.

- Reserva?

- É, bem, La Push é uma reserva de índios nativos americanos. – Oi? Depois dessa eu nem falei mais nada, mas também não precisou, logo Ang estacionou o carro em um amontoado de carros parados na estrada, e logo escutamos o barulho de musica e pessoas falando.

Claro que eu tinha entendido que era uma reserva de índios, e por mais ultrapassada que a pessoa seja ela nunca imagina chegar em um lugar desses e encontrar a cena que eu vi.Rose, Alice, e mais algumas meninas do time estavam com penas na cabeças, Emmet que parecia ter entrado na brincadeira tinha o rosto e o peito todo pintado com tinta guache, dançando como se tivesse incorporado algum espírito que definitivamente não gostava dele. Ao fundo uma fogueira queimando e bem depois uma banda, que logo defini como o Snow Cute tocava em um talco improvisado, onde muitas pessoas se amontoavam e dançavam com seus copos coloridos a mão.

- Hey, ai está você – Uma Alice munida de penas e tinta guache apareceu na minha frente, não dando tempo nem de salvar a minha pele. – Prontinho! Agora tá na hora da festa! – E lá se foi Alice para o meio da multidão depois de pintar Angela também, que logo vi que ela estava muito concentrada em uma direção.

- O que você está olhando? – Eu perguntei.

- Quem é aquele? – Ela perguntou apontando para um garoto de moicano colorido que estava no meio da muvuca.

- E eu vou saber? – Falei, vi que Alice vinha passando do meu lado. – Hey, Malicia, quem é o garoto do moicano?

- É o Ben Newton, o loirinho que não tira os olhos de você é o Mike, irmão dele, estuda com a gente lá no FHS. Agora me deixa ir que Rose vai surtar se eu não colocar as cervejas pra gelar. – Ela falou me dando as costas.

Bem, depois de algum tempo de olhando eu literalmente joguei Ang no colo do tal Ben. E eu? Eu cai na pista, dancei horrores. Ta bom, não dancei, mas me mexi bastante. Horas com Alice, com Rose e até com Nessie que nesse momento tinha me largado para correr atrás de um cara que fujia dela, até que ele tropeçou e caiu, e ela se jogou em cima dele. Bem, quando eu pensei que ela ia bater nele, eles começaram a se beijar e eu fiquei sem entender.

- Aquele é Jake, o namorado dela. – Cristal Deth me falou.

Eu já estava meio cansada e a banda havia parado para um intervalo, vi de longe Ângela atracada no pescoço do tal Ben e eu fui circular.

- Iai tudo bem? – O loirinho conhecido como Mike estava na minha frente segurando um copo de cerveja.

- Tudo e com você? – Fui educada.

- Curtindo... – Ele falou e ficamos alguns segundos sem falar nada. – Então, tá gostando de Forks?

- Bastante.

Ficou igual a uma entrevista, a verdade apesar de o Mike ser bonitinho, eu não sabia direitoo que fazer, e pelo visto ele também não.

- Quer mais uma cerveja? – Ele perguntou.

- Quero. – Ele abriu um sorriso tão grande que eu achei que fosse me engolir. E assim que ele virou as costas começaram a cantar parabéns e logo uma chuva de bolo tomou conta do local. Foi até bem engraçado se não fosse a sujeira, minha blusa ficou totalmente suja e eu corri pro banheiro na casa da Nessie.

- Bella? – Nessie gritou do lado de fora enquanto eu tentava sem sucesso salvar a minha blusa no banheiro. Quando eu abri eu entendi, Ness estava completamente toda suja de bolo. – Hey, toma aqui uma blusa, agora me deixa tomar banho, me falou me botando pra fora do banheiro.

- Hey como vou trocar? – Eu falei, mas não tive resposta. Bufei.

- Se quiser você pode se trocar no meu carro. – Sério, aquela historia de eu me enfiar no buraco estava ficando freqüente. – Se você quiser é claro. – Tá nessa hora eu já deveria estar tão vermelha que um pimentão teria inveja. Fui me virando bem devagar, até encontrar aqueles famosos olhos verdes.

Vamos lá gente, tente imaginar, eu estava no meio do corredor da casa da Nessie com minha blusa toda suja de bolo de chocolate, na minha frente estava Edward, o cara mais gato de todo o colegial, e se na universidade tiver pelo menos uns três assim eu já estou feliz, o pior não é isso, o pior é que estava cada vez mais próximo de mim, e eu já estava sentindo o seu hálito bater no meu rosto, como no dia do lago. Logo ele passou o dedo na minha bochecha e colocou na boca. Parei de respirar.

- Chocolate! – Ele falou – Uma delicia! Então vamos?

Ele falou e me puxou pela mão. E eu? EU FUI NÉ!

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12. Pode ser um pesadelo?

Eu estava no corredor cinco do Wall Mart, esperando Ang chegar para me ajudar com a tinta de cabelo, na verdade naquele horário só estava eu e uma senhora que olhava calmamente as tintas, não pude deixar de notar que o seu cabelo invés de branco era lilás.


- Gostei da cor do seu cabelo. – Eu falei e ela sorriu.

- Obrigada, fui eu mesma que pintei. – Antes que pudéssemos ingressar qualquer conversa sobre cores e afins uma Ângela esbaforida chegou.

- E ai? – Ela me perguntou colocando a mão no peito.

- To pensando se eu levo o castanho escuro ou se radicalizo e pinto de vermelho. – Virei para Ângela com um sorriso inocente, mostrando as duas tintas em minhas mãos, como se fizesse a pergunta mais banal do mundo, só para ter o gostinho vê-la fazer a cara de quem não entendeu bulhufas.

- Não entendi. – Ela finalmente falou

- As tintas, para pintar meus cabelos. Você falou que iria me ajudar. – Eu falei pegando outra marca.

- Bella, você sabe do que eu estou falando. – Ela fala batendo o pé no chão. – Como foi lá a seleção?

- Ahhhh, disso? – Falei colocando as duas tintas na cesta que eu segurava. – To dentro! Sou uma das Midnight Rollers!!! – Falei me lançando para Ang e no melhor estilo amigas-comemoram gritamos e pulamos no meio do corredor cinco do vazio Wall Mart.



Naquela mesma noite, Ang foi dormir na minha casa aproveitamos para pintar o meu cabelo, como não sabia que cor eu passava, nos passamos as duas, não foi minha surpresa que na manhã seguinte, com os cabelos já secos que pude ver o resultado, não ficou como eu imaginava, mas eu gostei do resultado. Cabelos castanhos-avermelhados produzido unicamente em Forks, Washington! E que só eu tinha!

- Já sabe o nome que vai usar? – Alice perguntou no refeitório.

- Ainda não. – Respondi desanimada.

- Que tal Accid Annarchy? – Angela pergunta comendo o seu pote de pudim.

- Não.

- Diva State? – Rose sugere.

- Diva? Jura? Não – Alice responde. – Muito mais a sua cara, Bedda.

- Cuckoo Chanel? – Alice dispara e um coro se forma na mesa.

- Não. – Todas nos dizemos, pelo visto vai ser difícil.

Logo nos quatro jogamos o que restou do nosso almoço no lixo e seguimos pelos corredores em direção a próxima aula. Mas tudo que é bom dura pouco, assim como a minha paz.

- Então a Barbie Malibu resolveu fazer a versão Barbie Forks?!?! – Tanya parou na minha frente pra fazer esse comentário, claro que eu nem respondi passei por ela como se não tivesse escutado. Alice que estava do meu lado saiu correndo em direção a saída, Rose seguiu com Ângela para a outra aula e eu fui pra minha.

A semana seguiu como sempre Tanya tentando me provocar, treino, Edward ‘Delicioso’ Cullen sempre me olhando, treino, Rose e Nessie me ajudando com manobras, treino, Ângela me ajudando com trabalhos e mais treino. Resumindo uma correria só! Mas isso tudo tinha um motivo. Minha estréia seria dali a dois dias e eu estava uma pilha de nervos.

Na terça seguinte eu fui a primeira a chegar na Casa das Bonecas, eu já estava terminando de colocar meu capacete e meus patins novos que eu havia comprado no final de semana, esses sim para corrida e totalmente maneiros!

- Hey Bella, quer fazer um aquecimento? – Emmet ‘Monkey Man’ McCarty falou. O nosso treinador. Eu suspeitava que ele devesse ter uns vinte anos, estava na faculdade, era bem forte e tinha um jeitinho bobo que fazia ser até que bonitinho, se não fosse suas piadas totalmente sem nexo, mas seu conhecimento de patinação e Roller Derby fazia dele quase um Deus pra gente.

Mesmo que ele acabasse com nossa raça quase todos os dias, mas toda vez que ele e Rose entravam em algum clima, as meninas não se agüentavam e faziam tantas piadas que o clima sempre ficava em total descontração. Totalmente diferente daquilo que ei conhecia como treinador-ditador-acaba-com-adolescentes-atletas que é tão comum na patinação artística.

Quando o treino acabou eu estava destruída, tão suada e fedida que um jogador de futebol americano sentiria orgulho de mim. Mas eu estava feliz, apesar de ainda conseguir fazer um bloqueio eficiente, já que toda vez que Bedda ou Mad vinham para cima de mim, eu me desequilibrava e ia direto para o chão.

Emmet já estava cansado da mesma cena se repetindo sempre.

- Hey, Bella é um esporte de contato, uma hora vai ter que fazer contato! – Ele falou já no final do treino, fazendo o meu rosto queimar de vergonha e frustração.

Quando coloquei os meus dois pés dentro de casa eu pensei em como eu poderia ser tragada pela terra sem chamar a atenção, mas isso foi um pensamento muito rápido, pois na pequena sala de estar de Charlie, Clair brincava no chão enquanto Sue e Renné estavam sentadas no sofá sem nada dizer.

- Ah, você chegou, pensei que iria ter que ficar esperando aqui até que não tivesse mais nem um pingo de paciência. – Renné falou se levantando. – Meu Deus! O que aconteceu com você? – Ela falou mexendo em meus cabelos e minhas roupas. – Vá tomar um banho rápido, tire essa inhaca que está em você e vista roupas descentes.

Eu fiquei sem reação, só subi e fiz o que ela me mandara fazer, quando sai do banheiro ela estava no meu quarto olhando CD´s e tudo que havia em cima da minha estante, eu estava começando a ficar realmente irritada com toda aquela invasão.

- Vista-se, nós vamos sair para jantar, só nós duas. Separei uma roupa para você, está em cima da sua cama.

Olhei e quase chorei ao ver o vestido cor de rosa em cima da cama. Não que o vestido fosse feio, mas era ROSA! Não me levem a mau, mas tem garota que põe uma blusinha cor de rosa, calça de couro preta e uma bota mega estilosa e está simplesmente maravilhosa, o que não é o meu caso. Eu mesmo vestindo todo um conjunto preto estilo ‘mamãe quero ser sado’ com um plus de várias tatuagens pelo corpo, e eu ainda assim ficaria parecida com uma líder de torcida afetada!

Charlie apareceu bem na hora em que estávamos descendo as escadas.

- Está linda Bella. – Ele falou, mas o meu bom humor já era tanto que lancei um olhar para ele que eu me arrependi depois.

No restaurante não foi diferente, Renné não parava de falar como Christina, a minha principal concorrente na época de patinação artística, tinha fechado um contrato com a Nike e que poderia ter sido eu a fechá-lo, se eu não tivesse surtado e largado a grande cidade pra vir morar no meio do nada, e de como eu parecia com o meu pai, e que merda eu havia feito com o cabelo, pois eu loira era muito mais bonita. Enfim, sei que quando o garçom perguntou se queríamos sobremesa, eu fui a primeira a falar que não. Aquele jantar já estava durando demais.

- Isabella, Eu e Phill iremos nos casar. – Ela falou como se estivesse falando que iria até a esquina.

- Como assim? – Perguntei

- Bem, já estávamos pensando nisso há algum tempo, e como você veio pra cá eu tive como ter um tempinho pra viajar com ele e bem, ele me pediu em casamento e eu aceitei. – Ela falou

- Está bem. – Respondi simplesmente

- Quem bom que gostou querida, pois marcamos a data do casamento para uma semana após o seu retorno para casa. Quero que seja minha dama de honra! – Aquilo veio como um tapa, eu estava me divertindo tanto que havia esquecido que não ficaria ali muito tempo. Naquela noite quase não dormi.

DERBY GIRL - BONUS

Cap. Bonus!!!

Capitulo que se segue é mais ou menos uma explicação dos capítulos anteriores...




Edward já estava namorando com Tanya há alguns meses, nunca quis se envolver na amizade de Tanya e Victoria, mas era inevitável logo que Victoria era sua ex e a baixista da sua banda, mas ela nunca deixou de ser sua amiga mesmo depois de ter começado a namorar a Denali. Edward sabia que Victoria era praticamente cega de amores por James, o guitarrista, este que era todo cego de amores por qualquer coisa que usasse saias.

Na segunda-feira ele sentiu no ar que Tanya aprontaria, ele já a conhecia o suficiente para começar a não gostar de varias coisas que ela aprontava, foi no domingo a noite quando Alice toda animada com os try outs que iriam acontecer na terça, falou na frente da Tanya que a garota nova da escola tinha estado na Casa das Bonecas de Port Angeles para assistir o Snow Cute.

Tanya não era boba, sabia que se aparecesse nos galpões onde o namorado fazia show pra aquele bando de desocupados, no mínimo seria linchada. Garotas como ela não era bem aceita naquele meio, e ela só achava que aquilo tudo era uma perda de tempo. Ela sabia que não era só Victoria que caia de amores por ela, Rosalie e Alice, também já haviam caído em suas armações, muitas delas para acabar namorando o Edward Cullen. O rei da escola.

Alice sentiu assim que falou que os olhos de Tanya brilharam, Rose já havia lhe falado das tentativas de Tanya de pegar a Barbie sozinha, e até mesmo do acontecimento no estacionamento. Alice não era muito dada a caridades, mas ao ver a garota não teve como não simpatizar. Então, quando na segunda, que viu toda a humilhação passando pelo olhos da garota que se enchiam de lágrimas ao escutar a musica depravada que Tanya colocara só para a provocar, não pode se conter, assim que seguiu em direção a Tanya notou que Rose já havia ido em direção a garota nova.

- Você está louca? – Alice perguntou arrancando o controle do som na mão da líder de torcida.

- Não se meta, anã! – Tanya falou com o nariz empinado.

- Só vou te dar esse aviso uma vez, Denali, só se meta com quem você pode, ou se não...

- Ou se não o que? – Tanya a desafiou, chegou bem perto do rosto de Alice que já bufava de raiva – O que vai fazer? Vai me bater? Eu sei que adora rolar com garotinhas no chão, mas sinceramente coisinha, você não faz o meu tipo.

As hienas atrás de Tanya aumentaram as risadas e Alice ficou tão vermelha que se não fosse Edward ter chego para apartar a briga, certamente Alice não deixaria a provocação ir tão longe. Edward pegou o controle da mão de Alice e pausou a musica. Alice que estava vermelha de raiva suspirou longamente.

- Tem que escolher melhor suas companhias, Edward.

E saiu do refeitório limpando a sua blusa de uma sujeira imaginaria, como se estivesse deixando para atrás toda aquela sujeira. E foi com um sorriso todo digno de maldade que encontrou Rosalie no corredor.

- E a Barbie?

- Ela tá bem, foi pra sala dela. Hey que sorriso é esse no seu rosto? – Rosalie falou abrindo o seu armário para pegar um livro.

- Hummm, hoje é segunda!

- E o que tem nas segundas?

- Segundas a noite tem ensaio do Snow Cute lá em casa. – Alice falou se encostando nos armários

- E o que tem isso? – Rose falou ainda sem entender.

- Acho que a Vic dormirá com o Edward essa noite?

- Do que está falando Malicia? Você sabe que Vic não está afim do Edward. Ela nunca dormirá com ele. – Rose falou seguindo pelo corredor.

- Hum... Bedda, amiga, eu sei, você sabe, mas... – Alice parou na frente de uma sala de aula e olhou para uma aluna em questão, a mesma que trazia um sorriso de vitoria no rosto. – Ela não sabe.

Rose observou a aluna que Alie olhava, e se deu conta que Malicia iria entrar em ação.

*Este cap só estará disponivel aqui no No Title, então deixe seu comentario
 
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Prometi que iria explicar um poquinho do Roller Derby. Na imagem no começo do post tem uma resumida de como funciona. Não é nada dificil entender o basico, mas as vezes nos perdemos... Entendo!
 
Então aqui vai alguns sites que eu achei pra me ajudar em algumas pesquisas!
 
Como Funciona o Roller Derby?
http://esporte.hsw.uol.com.br/roller-derby.htm
Sitezinho bem interessante que mostra mais detalhadamente as regras
 
Todos os nomes registrados de todas Rollers Derbys...
http://www.twoevils.org/rollergirls/
Eu adoro os nomes que essas meninas inventam!!!
 
Rollergirl Personas
http://rollergirlthebook.com/name_generator
Site que tem um programinha com um criador de nomes Roller Derby, como eu falei antes adoro esses nomes...
 
Agora uma questão... Se você fosse uma Derby Girl, qual seria o seu nome????
 
Um mega bjooooo e não esqueçam de comentar!

Uma babá perfeita

18. Some things we don´t talk about




Bella



- Bella? – Escutei e minha reação foi olhar o homem na minha frente. “O que ele estava fazendo ali?”

- Edward? Pensei que já havia indo embora. – Consegui falar. Meu coração estava tão disparado que eu respirava com dificuldade. Será que já era hora de contar a ele tudo o que se passou? Ai meu Deus, eu não sabia o que fazer.

- Sim. – Ele hesitou. - Bem, na verdade fiquei te esperando, será que podemos conversar?

- Acho que sim. Tem um café aqui próximo.

Nem precisamos ir de carro, pois o café ao qual eu me referia ficava logo na esquina, e pelo horário não havia tantas pessoas, somente alguns estudantes absorvidos em livros e casais em clima de namoro. Enquanto pegávamos o nosso café pude reparar nele melhor, ele estava lindo, seus cabelos sempre bagunçados propositalmente, a barba bem feita e usava uma calça social com uma camisa que tinha as mangas dobradas até a metade de seus braços, seus olhos traziam uma tristeza no qual fazia me perguntar se ele estava realmente feliz ou se era cansaço. Rapidamente pegamos um café cada e fomos para uma mesa mais ao fundo do local. Sentamos e ficamos alguns minutos em silencio, acho que não sabíamos bem o que fazer.

- Você está diferente. – Finalmente ele falou

- Diferente como?

- Diferente, seus cabelos estão mais escuros, suas roupas. Está mais bonita. – Devo ter corado, pois senti meu rosto todo em brasa. – É realmente está linda.

- Obrigada Edward, você também não está nada mal. – Nós rimos, nossa conversa foi fluindo normal, como se nunca tivéssemos deixado de nos falar, era natural estar com ele, apesar do meu corpo reagir de uma forma estranha, por vezes eu estremecia de nervosismo pelo que eu teria que falar para ele. – E Alice, como está?

- Está bem. Está aqui em Nova York, ela e Jasper.

- Então ela já se casou?

- Não ainda não, o que eu não entendo bem o porquê, ela diz que ainda não está pronta e Jasper diz que ela não quer perder a mordomia que tem lá em casa, e ela rebate falando que quer o casamento perfeito, então sempre fica uma longa discussão por qual o verdadeiro motivo dos dois ainda não estarem casados. – Rimos novamente, nossa conversa sempre fora assim, fácil. E apesar de tudo a cada palavra dele eu me sentia um pouco mais confiante em lhe contar sobre o Lian.

- ...Então mas eu já tinha me decidido que não iria trabalhar para ninguém, e Angela que era uma conhecida, me ofereceu a oportunidade de montarmos o nosso próprio escritório, mas faz pouco tempo que isso aconteceu. – Eu estava terminando de contar lhe como eu tinha aberto o escritório com Ang., quando eu percebi que ele me olhava. – O que foi?

- Na noite em que fizemos amor, depois que você adormeceu, eu passei a noite toda te olhando e me perguntando o que eu tinha feito para merecer tal perfeição. Mas depois que você foi embora, eu fiquei com tanta raiva. Eu só queria ter você novamente, e você tinha ido, sem nem me falar nada.

- Edward... – Ele me interrompeu, suas palavras me cortavam o coração. Lembrar daquilo tudo pra mim, era sempre muito doloroso.

- Por que você não falou que ia embora? – Ele falava e se aproximava mais de mim, colocou sua mão na minha que estava em cima da mesa. Nessa hora eu já não pude conter mais as lágrimas em meu rosto que caiam silenciosamente. Minha vontade era de me entregar a ele, mas eu não podia, havia James.

- Eu quis, mas você não me deixou falar. E o que aquilo teria mudado para nós? Você já estava com a Tanya, você iria fazer o quê? Me dar meu emprego de volta? – Ele havia se afastado um pouco com tudo aquilo que eu havia dito. Me olhava de uma forma triste.

- Você não sabe o que poderia ter acontecido, eu nunca ateria deixado ir embora se eu soubesse. – Aquelas palavras me massacraram por dentro. Uma de minhas mãos Edward ainda a segurava em cima da mesa e com a outra eu encostei em seus lábios.

- Por favor, não fale mais nada. Você logo estará casado, e sou eu que estou organizando o seu casamento. – As lágrimas caiam com mais intensidade. Eu tinha que sair dali. – Eu tenho que ir. Até logo Edward.

Na mesma hora me levantei retirando a minha mão que estava embaixo da dele, peguei minha bolsa e sai em disparada pela porta do pequeno café. Não olhei para trás, mas minha impressão era que ele tinha levantado para vir atrás de mim, mas não o tinha feito.

Eu simplesmente corri até o meu carro, dando partida assim que entrei, fui para casa no automático, pois eu realmente não estava prestando atenção no caminho. Assim que cheguei em casa a única coisa que fiz, foi pegar Lian no colo e ficar com ele ali enquanto eu chorava. Agora, acima de tudo, eu estava com medo, medo por Edward, por Lian e por mim.



Edward



Vi Bella sair disparada em direção a porta, mas nada fiz, não consegui. Ela já chorava muito e eu não sabia como reagir, voltei a me sentar absorto em meus pensamento, até que uma garçonete toda sorridente veio até a minha mesa.

- Hey, moço. Desculpa interromper. – Ela falou ainda mais sorridente depois que olhei para ela. – O senhor é algum tipo de celebridade? Ai, que pergunta minha bonito do jeito que é! Deve ser ator, to certa? – Ela falava e gesticulava o que deixava aquela conversa mais ainda sem entendimento.

- Não, por quê? – Vi seu sorriso murchar.

- Ah, desculpa é que vi um fotografo o tirando fotos suas desde que o senhor chegou achei que fosse algum artista. – Ela falou parecendo decepcionada.

- Que fotografo?

- Seja discreto, mas o cara que está na mesa ao lado da porta com o jornal na mão tem uma grande maquina profissional atrás. Eu sei porque o meu ex era fotografo. E aquele babaca deixava essas tralhas por todo o meu apartamento. – Dei um sorriso de leve. Aquela historia tava toda muita estranha para mim.

- Ah. – Foi à única coisa que consegui dizer, levantei e deixei ali, falando. Fui em direção a porta, mas antes de sair olhei para o homem que a garçonete havia dito antes, que parecia ter entorno de seus quarenta anos, olhava fixamente para o jornal, o café mal iluminado, com o ar intimista, criava novos ares próximo daquele homem, que nem de longe pareceria inocente, em sua pele morena clara e de profundos olhos pretos. Mas também não fiquei mais para reparar em nada, a não ser que ele realmente parecia carregar uma câmera junto ao seu peito.



Bella



Acordei na manhã seguinte com o meu corpo todo dolorido de tanta tensão, no meu rosto as marcas do choro que durou a noite toda. Passei mais uma hora com Lian em meus braços, brincando com ele. Era visível em seus olhos a sua inocência. O que seria dele quando contasse tudo a Edward? Sim, porquê eu não havia desistido de contar, mas teria que ter certeza que estava preparada para fazer isso, pois afinal eu não sabia como ele iria reagir.

Já perto das dez da manhã cheguei no escritório e fui direto para minha sala, somente parando para cumprimentar Ângela e Pie que estavam conversando animadamente na mesa de Pie. Mas ao me jogar em minha mesa, pensando que hoje eu me afogaria em trabalho, para não pensar em mais somente nada do que isso. Ângela, que as vezes tenho que concordar, não deixava passar nada, bateu a minha porta entrando logo em seguida. Sem cerimônias ela se jogou na cadeira a minha frente, e tirando os seus Jimmy Choo sem nenhum cuidado que aqueles sapatos mereciam, jogou seus pés para cima de minha mesa.

- Pronto! Agora estou pronta para ouvir.

- Ouvir o quê, Ang? E por quê você tirou os seus sapatos?

- Bella eu sei que você tem muito a me contar, e para escutar eu não posso me distrair com uma dorzinha no pé, então... Vamos conte! – Ela falou com a maior calma.

- Sabe que um Jimmy Choo, não dá dor no pé, só deixa sua marca da moda. – Eu ri

- É no caso desse aqui, me deixou com uma marca no bolso, também. – Nós rimos. – Vamos, Bella, não me enrole, sou sua amiga há muitos anos para ver em seu rosto que você teve uma péssima noite.

Contei para ela toda a minha conversa com o Edward. – Não tive coragem para lhe contar sobre Lian.

- Eu, entendo. Também, tanto tempo sem se ver não tem como chegar e contar, não é?!?!

- Pois é. – Ficamos em silencio por alguns minutos. – Ontem eu falei com Jake. – Comentei.

- E como aquele grosso está? – Ang e Jake não simpatizavam muito um com o outro, eu acho que era só ciúmes de mim, pela amizade que eu e Ang acabamos por desenvolver com a proximidade.

- Ele está bem, e não falei assim dele. – Eu falei rindo, mas logo meu sorriso cessou o lembrar das noticias que ele me dera.

- O que foi?

- Lembrei de algo.

- O que?

- Mike. O cara que tentou... Bem, você sabe, ele vai ser solto em alguns dias.

- OMG! E como você está?

- Eu to bem, acho que ele não tentará nada, afinal já deve ter esquecido de mim. – Voltei a por o sorriso no rosto, falar com Ângela, sempre me deixava leve.

Naquela tarde saí para fazer a prova de bolo com uma cliente que casaria em breve. Ao voltar, Pie estava descendo as escadas.

- Ah, Bella que bom que voltou.

- Que foi, Pie? Algum problema?

- Não, nada. É que a senhora tem visita.

- Quem? Algum cliente?

- Acho que não. Só se apresentou como sendo Cullen.

Meu corpo todo estremeceu.







19. Far as the eye can see



Alice



- Então Rose, conseguiu o que te pedi? – Estava sentada em seu escritório e ela acabava de entrar.

- Consegui, na verdade nem foi difícil o quanto imaginei, a família da mãe dele é muito conhecida por aqui. – Ela veio e se sentou na poltrona a minha frente, deixando o enorme volume em seu abdômen a mostra. – Está cada dia mais incomodo, não vejo a hora de nascer. Alice, tem certeza do que me falou? Afinal, são dois anos e essa criança pode ser de outro cara.

- Rose, se você tivesse visto o garotinho nem questionaria. É a cara de Edward.

- Está bem. – Ela me entregou um papel. – Tome aí está o endereço do escritório dela.

Peguei o papel e me levantei, hoje ela não escapava. Parei antes de sair ao notar que Rose olhava com certo interesse para mim.

- O que foi?

- Por que está vestida assim? Com esse terno preto? Está parecendo uma daquelas policiais de filmes de F.B.I. – Ela falou com um tom tentando esconder a risada. E eu dei um belo sorriso.

- Oras, para entrar no clima de investigação. Não sabe como foi difícil achar um terninho Armani que ficasse espetacular em mim.

Ela começou a rir. – Só você mesmo, Alice Cullen, para fazer de um assunto tão sério quase um show.

- Ah Rose, não seja boba. Eu me visto para todas as ocasiões adequadamente. Como queria que eu aparecesse lá? De vestido floral? Oras, quem me levaria a sério? – Perguntei indignada.

- Está bem. – Ela falou entre risos já não mais contidos. – Me ligue qualquer coisa.

- Ok! – Falei saindo do escritório.

Olhei o papel em minhas mãos e olhei para a casa estilo vitoriana que estava a minha frente, era ali mesmo. Ao tocar a campainha uma moça por volta de seus vinte e poucos anos, com olhos puxados, mas de lindos olhos verdes atendeu a porta.

- Boa tarde. – Ela falou.

- Boa tarde, estou a procura de Isabella Swan. – Falei com um sorriso.

- Entre. – Ela me deu passagem, e logo atrás dela havia uma moça de constas para nós com cabelos castanhos até a cintura arrumando algo em uma mesa próxima.

- Bella. – Falei, e a moça se virou para mim. Não era ela, mas era impressionante a semelhança da moça com a minha amiga que na via há tempos.

- Não, essa é Pie, nossa secretária.

- Ah, desculpa, mas é que vocês são muito parecidas. – Elas riram.

- Eu sou Ângela, sócia da Bella. – A oriental de olhos verdes falou.

- Como sou mal-educada, desculpe. Sou Alice Cullen, amiga de Bella. – Ao terminar de falar notei que Ângela fizera uma cara estranha, como de conhecimento e de incertezas.

- Alice fique a vontade, Bella já estará chegando. Infelizmente eu tenho um compromisso agora e tenho que sair, mas Pie ficará com você, se desejar qualquer coisa é só pedir a ela. – Fiz que sim com a cabeça e dei um sorriso. Ela se virou para moça que já estava ao nosso lado e falou. – Pie, cuide da Srta. Cullen. Bella chegará logo.

Depois que a sócia de Bella saiu Pie me levou para a sala de Bella, para que eu me sentisse mais a vontade para esperá-la. Ao fechar a porta, notei uma estante com varias fotos e me encaminhei para lá. E não foi só a minha confirmação de que aquela criança não era só afilhado de Jake, mas como era filho de Bella, estava ali, na minha frente. Quis pular de alegria ao ver as fotos do pequeno menino nos braços de Bella, e de mais pessoas que eu não conhecia. Mas uma foto em especial me chamou a atenção. Nela estava um homem loiro muito bonito de imensos olhos azuis, em um dos braços ele tinha um garotinho e o outro abraçava Bella, que tinha no rosto um lindo sorriso, mas com os olhos demonstrando tristeza. O que será que tinha acontecido com a minha amiga?



Bella



Parei na porta da minha sala, já esperando encontrá-lo, não esperava vê-lo tão cedo, respirei fundo antes de virar a maçaneta, mas ao abrir a porta quem eu encontrei, não foi o Edward, e sim a amiga de qual eu fugia há dois anos, ela segurava um porta retratos na mão que logo identifiquei como sendo a foto que foi tirada no dia de Ação de Graças passado, nela estava James, eu e Lian.

- Alice?

- Oi Bella. – Ela falou calmamente. Tinha alguma coisa errada.

- Tudo bem, Alice?

- Ai meu Deus, eu não me agüento. – Ela veio correndo em minha direção e me abraçou. – Por que fez isso comigo?

Ficamos um tempo abraçadas, como duas garotinhas.

- Como me encontrou?

- Estilistas.

- Como?

- Estilistas. Rose é modelo, entrou em contato com alguns estilistas, a procura de sua mãe e um deles falou que trabalhava para você... Ai, longa história, o importante é que te achei. – Ela falou me soltando e me olhando nos olhos. – E agora você tem muita coisa para me contar.

- Do que você está falando Alice? – Perguntei curiosa com a sua afirmação.

- Ah, Bella... – Ela me entregou o porta-retratos que ainda segurava. Olhei para a foto e percebi naquele instante que não adiantaria eu mentir para ela. – Só me conte.

Peguei o porta retratos de suas mãos e acariciei o roto de Lian na foto. Como ele era parecido com o Edward, e cada dia tinha mais dele em nosso filho.

- Como descobriu?

- Minha nossa senhora das pimentinhas doces*!!! Então é verdade!!! – Fiquei surpresa por ela ter pulado da cadeira com uma rapidez impressionante. – Oh meu Deus, oh meu Deus, oh meu Deus, Edward vai surtar quando souber.

Nessa hora eu não pude conter o meu impulso, a segurei pelos ombros para fazer ela me olhar.

- Não, não pode contar a ele. – Ela me olhou assustada, mas não podia deixá-la contar, ele poderia querer levar Lian de mim, e eu não suportaria a dor. A soltei.

- Mas por que, Bella? Não sabe que isso muda tudo? Ele vai casar e isso pode fazê-lo mudar e idéia.

- Não Alice, ele gosta de Tânia vai ficar com ela, só não quero correr o risco de ele tentar tirar Lian de mim.

- Bella, deixa de ser boba, ele nunca fará isso. Conte você então.

- Você não entende Alice, não se chega a uma pessoa que não se vê há anos e fala “Oi, então, lembra daquela noite em que dormimos juntos? Pois é, não tive a coragem de contar antes, mas aproveitando que você vai casar, pensei que, talvez, você gostasse de saber que você tem um filho.”

- Oh meu Deus, Bella, não. – Ela falou entre risos vindo me abraçar. - Não seja tão dramática. Só conte as coisas como aconteceram, sem drama. Ele vai entender.

Enxuguei as lágrimas que corriam livremente pelo meu rosto já vermelho.

- Venha, vamos dar uma volta e você me contará como sabe de toda essa história de casamento. – Ela falou me puxando pela mão. Antes de sairmos avisei a Pie que não voltaria mais.



Edward



Já era fim da tarde e logo eu teria que voltar para casa, o que não me trazia animo nenhum. Peguei o celular e eu encontrar o número, já o coloquei para chamar.

- Oi Ed.

- Oi, tá a fim de tomar alguma coisa?

- Claro, por que, não.

- Naquele bar próximo a casa de Emmet então?

- Naquele mesmo!

Logo desliguei e me dirigi para o local do qual eu falava, era um bar irlandês que ficava aberto até tarde, lá dentro reinava as mesas de sinuca e em uma delas um homem alto, magro e de cabelos loiros se destacava. Jasper.

- E aí, Jas, como está a partida? – Perguntei analisando as bolas na mesa e pegando um taco no suporte na parede.

- Hunf! Mais ou menos. – Ele me olhou e colocou o seu taco entre as suas mãos. – O que está acontecendo Ed?

A pergunta que ele me fizera ecoava na minha cabeça, e ela só me gritava uma resposta de volta.

- Não quero me casar com Tanya.



Em outro lugar de New York...



As ruas já pareciam desertas naquele lado da cidade, o comercio intenso que deixava aquela rua cheia de pessoas durante o dia, à noite sem nada aberto ali, era quase como um convite para algo inesperado. Com certeza, apesar de ser um bairro rico em NY, uma pessoa não se arriscaria a ficar sozinha ali. Por isso os dois homens no carro não estavam muito preocupados, afinal era só entrar pegar o tal objeto e sair, sem riscos e sem erros.

Contornaram a casa de estilo vitoriano e arrombaram a janela da pequena cozinha atrás da casa, deixando vidro se espalhar por todos os lados. Logo eles entraram sem fazer barulho.

- Procure algo aqui em baixo, eu irei lá para cima. – O outro homem só balançou a cabeça positivamente, entrou e saiu dos cômodos, mas nada fora encontrado, a não ser fotos e arquivos, coisas que não seriam de importância para o seu chefe. Ele se sentia incomodado de ter que trabalhar junto ao policial, mas ele também sabia que aquele em especial era um homem mais sujo do que ele próprio, mesmo assim não se descuidou, trouxe sua arma junto consigo.

No segundo andar o policial já tinha mais sucesso, ele já se encontrava na sala que queria. Viu ali sua oportunidade de agradar o sujeito mais perigoso daquela prisão conseguindo assim, mais dinheiro. Notou no encosto da cadeira uma blusa de frio, logo a pegou e a colocou dentro de um saco que trouxera consigo, mas logo seus olhos desviaram para uma estante onde havia varias fotos, notou uma em particular onde se via claramente a família que ele seguia a tantos meses. Um barulho no andar de baixo o fez esquecer os seus pensamentos. Pegou o porta retrato o colocou na sacola e disparou porta a fora, as chegar a escada seu espanto foi tanto que as luzes que antes estavam desligadas, para não chamar a atenção de vizinhos, agora todas estavam ligadas, seu companheiro estava na sala, ao pé da escadaria com uma arma em punho e um corpo ao seu lado, que só se podia notar que havia muito sangue e que tinha longos cabelos castanhos.

- Putz! – O policial deixou escapar. – Estamos fudidos!

Sem nada mais dizer os dois saíram em disparada pela porta aberta, entraram no carro e cantando pneu, desapareceram de vista.

DERBY GIRL - "Um mundo sob rodas"

10. Por que ser uma Derby Girl?



Na segunda à noite eu quase não consegui dormir, dando somente algumas cochiladas de vez em quando, a verdade é que eu estava tão agitada sobre toda aquela coisa que quando deu seis horas da manhã eu já havia pulado da cama e ido tomar meu banho.


Sue estranhou me ver de pé tão cedo, mas nada comentou.

- Quero pintar meus cabelos! – Declarei assim que sentei para tomar café.

- Por que? Seus cabelos são lindos dessa cor. – Ela falou colocando o bule de café na mesa.

- Quero pintar da cor dos meus cabelos mesmo. Odeio ser loira! Chama muito a atenção. – Falei emburrada.

- Meu bem, com esse rostinho de princesa que você tem, até se tiver escondido por um chapéu você chamará a atenção. – Ela falou com um sorriso nos lábios. – Mas você é grandinha, já deve ter idade suficiente para saber a cor de cabelos que quer usar, mas, por favor, mantenha-se a utilizar as cores normais de cabelo. – Com essa não pude deixar de rir, Sue era exatamente o que eu desejava para mãe. Além de exalar maternidade por aonde ia, ela sempre sabia como conversar. Deus estava realmente de brincadeira quando resolveu que Renné que seria a minha mãe.



As aulas tinha sido normais, nada muito fora do comum, até a hora do intervalo. Angela tentou fazer com que almoçássemos no pátio, mas eu não ia deixar Tanya passar por cima de mim. Fomos para o refeitório que estava quase vazio, sentamos em uma mesa próxima as janelas, eu e Ang discutíamos sobre qual seria o melhor filme do John Travolta, quando sétimos que alguém havia se aproximado da gente. Não foi minha surpresa quando vimos Alice Cullen e Rosalie Hale paradas com as bandejas nas mãos.

- Podemos sentar com vocês? – Alice falou já se sentando, sem esperar por alguma resposta, que é obvio que permitiríamos.

- Desculpe pelo jeito dela, Alice só é muito folgada. – Rose falou como se já estivesse tão acostumada.

- Tudo bem. – foi a única coisa que consegui falar.

- Então... Você vai fazer o teste mais tarde, não é? – Alice falou colocando um enorme pedaço de pizza na boca.

- S-sim. Quer dizer, claro. – Eu falei gaguejando, e isso me fez sentir a pessoa mais idiota do mundo.

- Que bom, por que imaginamos que você não iria desistir, não depois do episodio de ontem, com aquela vaca da Tanya.

- Mas ela teve o que mereceu hoje. – Alice falou ainda mastigando.

- É Alice, por isso eu tenho medo de você. – Rose falou lançando um risinho para Alice que continuava a comer despreocupadamente a pizza.

- Do que vocês estão falando? – Dessa vez foi Ang que perguntou.

- Aparentemente, Vitoria dormiu na casa dos Cullens essa noite, de manhã quando Edward se atrasou para pegar a Tanya, ela ligou no celular dele, e adivinhem quem atendeu? – Antes que Rosalie terminasse de contar a historia um barulho alto nos tirou a concentração, foi quando vimos Tanya e Victoria se agarrando em pleno refeitório. Xingamentos e unhadas era espalhados por todo lado, como se para ilustrar a cena que Rose havia acabado de contar. Edward nessa hora vendo a cena se desenrolando, tentava separar as meninas, mas ele acabava sendo alvo da maior parte das unhas bem feitas daquelas meninas. Seria trágico se não fosse tão engraçado. Nós quatro desabamos em rir, e nem notamos quando o sinal tocou, só vimos os cansado diretor e um dos professores segurando as meninas e as levando para diretoria.



Eu estava na frente do antigo galpão conhecido como Casa das Bonecas, nos meus ombros estavam os meus velhos patins de patinação artística. Eu tremia da cabeça aos pés, e nem sabia ao menos como começar. Junto comigo havia varias garotas com mais estilo que eu, visivelmente mais cascudas do que eu. E nessa hora eu só me perguntava o que eu estava fazendo ali.

- Vai entrar, não vai?

- Não sei se vou conseguir... Olhe essas meninas. – Eu falei sem olhar para a garota ao meu lado.

- É realmente parece que elas nasceram pra chutar bundas. – Eu me virei e olhei para Nessie, que usava um vestido hippie, com tranças nos cabelos avermelhados. – Mas não se preocupe com isso agora, só vá lá dentro e mostra pra essas meninas o que você sabe fazer.

Depois dessa eu reuni toda a minha coragem e entrei no galpão. Já deveria ter umas trinta meninas pra fazer o teste lá dentro. Todas elas me olharam com cara de dó, não só por minhas roupas totalmente fora dos padrões derby, ou pelos meus patins brancos e clássicos. Eu me sinto a nerd de matemática e uma onda de insegurança me atinge.

Rapidamente ponho os patins nos pés, Nessie me ajuda com as cotoveleiras, joelheiras e capacete, e finalmente quando eu tendo me levantar. – BAM. – Vou direto com minha bunda pra pista, mas antes de poder processar qualquer humilhação, Alice e Nessie me ajudam a levantar.

- Calma. – Fala Alice. – Só está começando.

Dou um longo suspiro, lembro de cada minuto passado em cima de um patins durante todos esses anos, de cada salto, cada pirueta dada. Eu olho para cada garota ali, e vejo que cada uma delas poderia facilmente acabar comigo, mas ergo meu lindo queixinho e vou à luta. No final das contas me sinto melhor, apesar da pista ser totalmente diferente do que eu estava acostumada, consigo dar alguns saltos e algumas voltas, fazendo com que Alice e Rose gritem “Nada mal, Barbie.” a cada volta dada.

Então, três capitãs dos times se apresentam, Iva Secret do Hospital Derby Girls, uma loira estilo pin up, de aparecia de que saiu de algum filme dos anos 50 se não fosse pela quantidade de tatuagens adornando o seu corpo, Juliet Bravo das Rat City Rollergirls, que tinha a animação de líder de torcida e se vestia como uma perigosa fuzileira do exercito. E por ultimo Ness apareceu em seu habitual uniforme de vampira.

Agora a competição pelas vagas parece realmente real, deslanchamos em uma serie de manobras para demonstrar os nossos talentos, todas sendo avaliadas, pelas capitãs e algumas competidoras. Vou especialmente bem, mas quando temos que patinar todas juntas, num grupo, batendo umas nas outras, deslancho uns bons dois metros atrás, com o medo latente para participar.

E dessa vez eu sinto que talvez eu não seja boa o bastante para aquilo tudo, enquanto bebo água sinto alguns olhares de pena em cima de mim, e aquilo só me faz querer afundar mais, se pelo menos Ang estivesse aqui comigo.

- Hey. – Sinto Alice do meu lado. – Não se julgue demais, viu?!? Só tente se divertir, ok?

- Ok. – Respondo e volto pra pista para o ultimo teste.

Nesse temos que correr em volta da pista a fim de conseguir o melhor tempo. Nada muito difícil, digo pra mim mesma. E é quando o apito soa que disparo, a verdade que me concentro tanto que me esqueço da competição, e eu vôo pela pista com o meu corpo vibrando em cima dos patins, e a sensação de liberdade é tão grande que flexiono mais os joelhos, indo cada vez mais rápida. Quando finalmente o apito soa me tirando do meu mundo vejo todas olhando pra mim, com uma cara de assombro. Bedda Roses (Rose) me dá um sorriso e Malice grita “É disso que eu estou falando.”