Enfim to saindo de férias hoje! Sim, menines, eu prometi novo cap, mas tive imprevistos suficientes, pra querer dormir um mês inteiro e ninguém me perturbar. No meio de Lay overs, grupos de cabeleireiros (é assim que se escreve? Sempre me confundo!) ensandecidos, uma chefe que me faz perder o juízo, minha mãe sem juízo, meu pai babão, uma irmã que quase não a vejo, mas que me dá sempre concelhos interessantes, um irmão boca grande e amigos que não trocaria por nada no mundo, mesmo eles sendo desse jeito louco de ser.
No meio de tudo isso... porque essa foi minha semana...
E, apesar de um certo carinha ter recitado a bendita frase pra mim... "Princesa, não é você, sou eu!", e eu pensar que de princesa não tenho nem a delicadeza, e que se eu for uma princesa, que eu seja alguma então de algum conto dos irmãos Grimm, porque elas eram lindas, vingativas e usavam Gucci! Eu ainda estou viva!
Tanto que recebi um telefonema de uma amiga furiosa que recebeu um outro telefonema de um certo carinha que tem muita criatividade para dar foras, dizendo que me viu em plena Av. Paulista, de mãos dadas com um outro alguém.
Sim, gente não dou tempo pra chorar o leite derramado, apesar desse outro alguém ser só um amigo, temos que aproveitar toooodosss os bons momentos!!!
Agora que já botei tudo pra fora, me sinto mais aliviada...
Que comece minhas férias... E só me acorde quando Setembro acabar...
terça-feira, 31 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
DERBY GIRL - "Um mundo sob rodas"
Cap curtessimo, eu sei, massss tem motivo... Semana que vem eu vou estar de FÉRIAS!!! Sim, minha gente, eu também mereço. Entãoooo, vou viajar, linnndaaaa, vou me jogar nas praias nordestinas, mas não se preocupem, pois enquanto eu ganho um bronze like J.Lo style eu vou escrevendo com mais frequencia... Isso quer dizer, quem não vai ter descanso vai ser vocês, SIM, porque eu vou postar seeeeemmmppppreeee!!!
Pra comemorar, no fim de semana vai ter mais um cap, mas por enquanto... Enjoy the cap!!!
9. Por que de tantos porquês?
- Você ficou louca? - Angela que tinha escutado o final da conversa, e que agora me arrastava pelo estacionamento gritando.
- Por quê? - Eu parei no estacionamento e fique a encarando
- Você é algum tipo de suicida ou só é masoquista mesmo? - Ang me olhava revoltada, chegava até ser engraçado se não fosse pela sua expressão, de que se eu risse, ela me bateria ali mesmo. - É serio B., essas garotas são agressivas, e apesar de você patinar muito bem, aquilo não tem nada a ver com patinação artística!
- Oras, eu também posso ser agressiva! - Falei mais por birra do que por acreditar de verdade que eu poderia fazer algo como aquelas meninas. - Vamos Ang, por que você não vai comigo? Vamos fazer o teste juntas!
- B. é sério, não tive a fase dos patins como você, eu só tive a fase garota-gordinha-passa- o-dia-estudando. - Ela voltou a caminhar em direção ao carro. - Isso é um esporte de contato, você vai ter que ser bem mais agressiva do que é para poder participar, não quero te desanimar amiga, mas convenhamos você não é nada agressiva.
- Pois então, eu vou ter que aprender a ser! - Falei entrando no carro
- Veja bem, Bella, você não consegue nem enfrentar a Tanya, como vai fazer com essas meninas? - Ang me perguntou ligando o carro.
- Eu não sei, mas vou ter que tentar.
O final de semana passou rápido e a segunda veio de forma fria na distante e atrasada Forks. Ang passou para me pegar em casa como todos os dias, e ainda tentou me convencer a não fazer o teste, mas logo desistiu ao ver minha animação, que logo foi se apagou assim que entramos na escola.
Tanya estava abraçada ao Edward na porta da sala, ele olhava para mim e assim que senti seus olhos eu desviei o olhar, mas foi quando eu entrava na sala que ela destilou o seu veneno.
- Tem gente que não se toca, será que ela não percebe o quanto é patética!
Entrei na sala sem escutar o que ele lhe respondia, não iria ficar para escutar ele concordando com ela. Mas foi no intervalo que as coisas só pioraram.
As três hienas fantasiadas de lideres de torcida passaram por mim com o volume de suas risadas no máximo. Ang que estava ao meu lado só falou.
- Ela tá aprontando alguma coisa.
E foi só eu entrar que uma música começou a tocar e todos param para me olhar.
I'm a Barbie Girl in a Barbie World
Life in plastic, it's fantastic
You can brush my hair, undress me everywhere
Imagination, life is your creation
Come on Barbie, let's go party!
I'm a Barbie girl in a Barbie world
Life in plastic, it's fantastic
You can brush my hair, undress me everywhere
Imagination, life is your creation
Eu sou uma garota Barbie no mundo Barbie
A vida no plástico, é fantástica
Você pode escovar meus cabelos ,me despir em qualquer lugar
Com imaginação, a vida é sua criação
Vamos lá Barbie, vamos para a festa!
Eu sou uma garota Barbie no mundo Barbie
A vida no plástico, é fantástica
Você pode escovar meus cabelos ,me despir em qualquer lugar
Com imaginação, a vida é sua criação
Senti o olhar de todos em mim acompanhados com risadas estridentes de uma Tanya e suas comparsas. Tanya esta que segurava um controle remoto, sorria e demonstrava com total clareza quem havia aprontado aquela pra mim.
I'm a blond bimbo girl in a fantasy world
Dress me up, make it tight, I'm your dollie
You're my doll, rock'n'roll, feel the glamouring in pink
Kiss me here, touch me there, hanky panky
Eu sou uma loira assanhada, Num mundo de fantasia
Me vista, bem apertado,Eu sou sua bonequinha
Você é minha boneca, rock'n'roll Sinta o glamour vestida em cor de rosa
me beije aqui, me toque ali, hanky panky*
*Hanky panky é uma gíria americana usada para verbalizar o ato sexual um pouco mais violento, uma coisa assim... Uns tapinhas e tudo mais.
Vi os olhos de Edward cheios de pena em cima de mim, e eu senti o meu rosto se tornar tão quente que derreteria uma geleira. Só nessa hora que senti que iria chorar, alguém me puxou pelo braço e só pude perceber que Ang e Rose me tiravam do refeitório, enquanto eu via uma Alicia furiosa indo até Tanya.
Fomos direto para o banheiro feminino e eu lavei meu rosto, Angela e Rosalie nada falaram, quando terminei de enxugar o rosto encharcado de água e lagrimas, arrumei meu cabelo e vi que eu não poderia ficar melhor do que aquilo.
Me virei para as duas garotas que me esperavam pacientemente.
- Vamos. – E sai do banheiro, as duas se olharam e deram ombros.
Nada mais aconteceu durante aquela tarde e antes de dormir eu tomei uma decisão.
Entrando ou não no Roller Derby, eu não deixaria mais ninguém passar por cima de mim!
***
Commmmmmmmmmeeeeennnnnnnteeeemmmmm!!!!
terça-feira, 10 de agosto de 2010
DERBY GIRL - "Um mundo sob rodas"
Notas do cap: Gente esse cap é um dos que eu mais gosto... Agora sim, começa o batizado Roller Derby!!!
8. Posso me divertir?
Uma onda de gritos invadiu o velho galpão, por um momento achei que ele fosse abaixo, segundos depois, as luzes voltaram e me vi procurando por aqueles olhos verdes, mas já não estavam mais lá.
Um momento depois, os gritos que já pareciam um absurdo, aumentavam proporcionalmente, me fazendo encerrar a busca pelos olhos de esmeraldas e me fazendo prestar a atenção na pista a minha frente.
Focos de luzes choviam pela pista e o show começou a cem quilômetros por hora.
Primeiro, Iva Secret patina pela pista. Um time de antipáticas enfermeiras, usando uniformes brancos com manchas vermelhas (acredito que seja uma imitação de sangue, espero!), atrás de seus uniformes bacanérrimos vem escrito seus nomes incríveis, coisas como Dee Licius e Nancy Drewblood.
Duas delas fingem examinar um cara de patins no meio da pista, chuto que seja o juiz, uma delas lhe dá um sorriso safado e ele finge desmaiar.
Então, vieram as Midnight Rollers, vampiras malvadas vestidas em sinuosos vestidos pretos, com meia-calça arrastão e muitas tatuagens (inveja fashion modo on!) e elas também tinham apelidos legais como Mad Ness, Malice in Horrorland e Dress T. Kill. Elas deram a volta na pista jogando para o publico falsos dentes de vampiro. Não é minha surpresa olhar para os lados e ver todos a usarem.
A apresentação parecia um aperitivo para o que estava para vir.
Senti Ang me cutucar e a olhei, seus olhos estavam como duas grandes bolas de gude ônix, ele simplesmente não falou nada, só apontou novamente para a pista, para onde estava a tal de Malicia e outra garota do mesmo time, com o vestido preto muito colado ao corpo com o nome nas costas de Bedda Roses, mas foi só eu as olhar juntas que entendi o que Ang estava tentando me dizer, aquelas eram as meninas da escola. Meu queixo caiu.
O restante da noite foi um borrão interminável, nem tenho certeza se entendi alguma coisa, pois nem eu nem Ang entendíamos bulhufas das regras do que estava acontecendo, mas cada manobra era de tirar o fôlego, era de longe, muito melhor do que qualquer apresentação de patinação artística que eu já havia assistido, ou até mesmo tentado realizar, aquilo era incrível.
A noite só não melhorou consideravelmente, como eu quase entrei em letargia em ver que o Snow Cute, a banda que tocou no intervalo, tinha como vocalista o rei da FHS, o lindo Edward Cullen, e junto com ele estava a Victoria no baixo, eles tocaram o intervalo todo o jogo entre brincadeiras e olhos nos olhos, coisa que realmente até agora tento entender, me deu um pouco de ciúmes, mas tudo pareceu sair de foco quando em uma das musicas que ele cantou tive a sensação de que olhava diretamente para mim. Seus cabelos bagunçados e o rosto levemente corado, dando a impressão de que ele acabara de sair de uma seção de sexo, só me deixaram extasiada. Deveria estar louca, pois havia tantas pessoas a minha volta que ele nem deve ter percebido a minha presença ali.
Quando o jogo retomou tentei seguir com o olhar para onde ele ia, mas logo depois o perdi no meio da multidão, voltei a minha atenção ao jogo e as garotas já se jogavam uma contra as outras, caindo e brigando, basicamente se destruindo umas as outras... E ainda assim, dava pra ver que era a maior diversão de suas vidas.
Tudo acaba com um placar de Hospital Derby Girls 72 e Midnight Rollers 44, e apesar de perderem Midnight Rollers tem a sensação da noite, Alice Cullen ou “derbymente” falando Malicia in Horrorland, a pequena e de traços frágeis que chega a ser angelical, porém quando patina é pura dinamite.
A única conclusão que chego é que se o punk-rock tivesse sido inventado por mulheres é que seria dado o nome de Roller Derby! Cada garota é linda e estonteante de sua maneira, tem meninas magras e baixas, bundudas, sem bundas, com corpão e fininhas, com e sem tatuagens e gordinhas altas, e cada uma parece brilhar em cima dos patins com a maior elegância que poderia ter, e o público adora cada uma delas.
Quando as Derby Girls saem da pista e a patinação acaba, Snow Cute volta a tocar e o velho galpão vira uma grande festa, vejo Ângela conversando com um garoto que não reconheço e me sinto a parte e levemente anestesiada com tudo que acabou de acontecer até ser puxada pela garota que agora conheço como Mad Ness.
- Iai o que achou?
- Muito... – Sim eu estou sem palavras para descrever tudo aquilo. – Demais. – É a única coisa que realmente passa pela minha cabeça, as o sorriso que trago no rosto a faz me retribuir com mais entusiasmo.
- Venha comigo, tenho que ficar na banca agora.
Olho para Ang que balança a cabeça, me mostrando que escutou e que logo logo irá me encontrar (coisas de amigas que só com um olhar conversam). Sigo Mad que reparo que não havia tirado os patins e nem o uniforme ainda. Quando chego a banca ao qual ela se referia vejo Malicia tirando fotos com fãs e Bedda Roses vendendo camisetas (digo por passagem, ultra fashions), as duas me olham surpresas, mas Alice em um pulo vem e me dá um abraço quase sufocante.
- Então você é a amiga de Mad? – Ela fala ainda surpresa.
- Alice, não sufoque a menina. – Mad fala em um tom conciliatório, e percebo que ela é a líder do grupo. – Acho que vocês já se conhecem?
- Sim. – Alice fala. – Estudamos na mesma escola.
- E temos a mesma inimiga – a loira que conheço como Rose declara.
- Tanya. – Todas falam juntas e dão risada. Eu totalmente a parte da piada me limito a um sorriso amarelo.
- Então Barbie, saiu do castelo e veio se juntar as mortais? – Bedda Roses, ou Rose, fala em um tom que não sei o que significa, pisco algumas vezes antes de responder.
- É, acho que sim.
- Então o que achou? – Mad volta a perguntar.
- É incrivel!
- Então por que não levanta essa bunda magra e faz acontecer?
- Co-como assim?
- Ué, você não gostou? Por que não se junta a nós e participa? Vamos fazer uma seleção na terça-feira. Devia dar uma olhada.
Sinto os três pares de olhos em mim, e no meio da pressão eu só pude responder.
- Tô dentro!
Mad puxa um folheto do balcão, onde contem os preços dos objetos que elas tão vendendo ali, e só nessa hora que reparo que elas têm até figurinhas com os seus rostos estampados, e escreve um endereço.
- Tome, aqui está o endereço, fica lá em Forks mesmo. Nos vemos na terça, então.
Quero comentáriooooooosssss!!!!
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Uma babá perfeita - Double
16. E agora que achei você...
E em algum outro lugar...
- Ela teve um filho há alguns anos atrás, todos sabem que não é desse tal de James, com quem ela mora, mas ninguém sabe quem é o pai, aparentemente ela engravidou depois que voltou de Forks. – Um homem alto e forte, que trazia em seu peito um distintivo que para muito poderia representar segurança, mas para os poucos que o conheciam sabiam que aquele era um homem que se colocava acima de tudo e de todos.
- Humm, só isso que conseguiu? - O loiro de cabelos ensebados e profundos olhos azuis falou, encostando-se em uma cela que por muito tempo ele conhecia. – Isso tudo eu já sabia, quero notícias novas! Cadê as fotos, você as trouxe?
- Sim, está aqui. – O homem de uniforme retirou o envelope de dentro da camisa e olhando para os lados para se assegurar que ninguém estava vendo, entregou ao prisioneiro.
- Vá agora, e volte quando tiver mais. – O loiro falou com desdém.
Enquanto o guarda saiu pelos corredores semi-iluminados do pavilhão o prisioneiro em sua cela abria o envelope, que continha diversas fotos da rotina de sua velha conhecida.
- Isabella Swan. – O homem sibilou. – Só mais alguns dias, e você será minha.
New York City...
Bella
Aquela noite eu não tinha conseguido dormir direito, havia tido um sonho horrível, que após eu ter acordado eu não conseguia lembrar de fato com o que eu havia sonhado. Era o dia da partida de Jake e Leah, e havia combinado com eles de deixá-los no aeroporto.
- Que horas saí o vôo? – Perguntei me servindo de um pouco de café.
- Ás dez e meia. Ainda temos algum tempo. – Leah falou colocando a torrada na boca.
- É uma pena vocês não ficarem mais.
- Voltaremos logo. Não se preocupe. E aí já decidiu o que irá fazer? – Jake me perguntou.
- Sim, já. – Abaixei os meus olhos para o copo cheio de suco de laranja a minha frente. – Preciso de um favor seu, Jake. – Voltei meu olhar para ele. – Preciso que descubra onde Edward ou Alice estão.
Jacob me olhou com uma cara de quem estava confuso. – Não entendi, por quê você mesma não manda um e-mail para ela?
- Perdemos contato há alguns meses, eu praticamente sumi da vida dela, se voltasse assim sem mais nem menos, ela iria me fazer muitas perguntas, e ainda não está na hora de dar as respostas e também não quero mentir para ela.
- Está certo, Bells. Assim que chegar em Forks vou tentar saber onde eles estão.
- Bella. – Leah falou. – Você tem certeza do que está fazendo? E James? – Ela segurou minha mão como se me desse apoio.
- Eu ainda não sei o que vai acontecer entre James e eu, mas primeiro tenho que terminar o que comecei. – Apertei ainda mais a sua mão.
- Sempre estaremos ao seu lado. – Leah estava se mostrando uma grande amiga, assim como Jacob.
Horas depois os deixei no aeroporto foi uma despedida incomum, Leah chorava e Jacob me abraçava forte, e eu que sou uma manteiga derretida já estava aos prantos também.
- Me liguem. – Eu falava entre lágrimas, abraçada a Leah.
- Pode deixar. E você se cuida. – Leah falava enquanto molhava minha blusa.
- Vocês duas podem parar com isso. Já anunciaram o nosso vôo. – Jake reclamava.
- Não liga pra ele, ele tá se fazendo de durão, mas eu o conheço, está pior do que nós duas juntas. – Leah falou me soltando e com essa eu ri. Virei para Jake e o abracei.
- Ai meu amigo, por favor, não se esqueça do que lhe pedi, certo? – Falei abraçada a ele.
- Certo. Não se preocupe, assim que tiver alguma pista eu te ligo. OK?!
Logo fui embora do aeroporto, tinha muitas coisas para fazer e uma delas era ir trabalhar. Ao entrar no meu escritório tive uma sensação estranha de que alguém estivera ali, meu computador estava um pouco mais inclinado que o normal, a minha cadeira estava mais baixa, achei tudo tão estranho que não pude evitar e perguntar para Angela.
- Ang. – Falei entrando em seu escritório. – Você andou usando a minha sala?
- Não. Por quê? – Ela falou levantando a cabeça, eu me sentei a frente de sua mesa.
- Nada, acho que é só uma impressão.
- Hum, Bells, a minha amiga começa trabalhar conosco hoje, já, já ela deve estar chegando. – Ela falou com os olhos revelando um pouco de sua preocupação.
- Amiga? Sei! – Falei entre risos. – Deixa de ser boba, Ang, como ela se chama?
- Pietra, diferente, né? Eu acho lindo! – Ela começou a falar e um novo brilho se instalava em seu olhar.
- Tá apaixonada?
- Eu? Apaixonada? –Ela falou como se eu tivesse tocando em sua ferida. – Deixa de ser boba, Bella. Ela é uma amiga apenas.
- Tá certo, Ang. – Dali por diante começamos a repassar alguns orçamentos e festas que seriam feitas. Após algumas horas a campainha tocou, Ang foi atender, e logo voltou com uma moça que eu me assustei com sua semelhança comigo. Chegou a ser estranho, se não fosse pelas visíveis diferenças, ela poderia se passar por mim sem grandes dificuldades.
- Bella, essa é Pietra, nossa nova secretária e Pietra, essa é Bella, a minha sócia.
Nos demos às mãos, mas a primeira a falar foi ela. – Oi, pode me chamar de Pie, sabe, tipo torta? – Ela falava rápido e gesticulando, aparentemente estava nervosa. – Oh meu Deus, como somos parecidas! Claro, se não fosse pela cor dos olhos e o formato do nariz, quem sabe o queixo também... Se eu não conhecesse meus pais, iria falar que você é alguma irmã que meus pais abandonaram por aí. – Ela falou tão rápido e agora carregando um sotaque que depois de algumas conversas descobri que ela era inglesa.
Passamos a tarde explicando todos os procedimentos que deveriam ser feitos, e logo após as três da tarde havia marcado um encontro com Tanya em meu escritório para mostrar alguns detalhes de seu casamento.
Edward
- Querido, por favor não se atrase, ok? – Tanya falava saindo do banheiro.
- Está bem Tanya. – Entrei correndo no banheiro e me pus a me despir, eu já estava em cima da hora e provavelmente chegaria atrasado ao meu consultório hoje pela a amanhã, mas não consegui chegar a tempo, o dia foi corrido, por volta das duas horas da tarde eu me despedi de minha secretária e fui em direção ao centro, Tanya havia anotado o endereço para mim em meu celular, identifiquei como sendo algumas quadras do Central Park, região privilegiada de Manhattan . Ela provável mente estaria gastando uma fortuna com esse casamento. Notei que o endereço era de um velho casarão que era nítido que havia passado por reformas, o deixando com o ar clássico porém moderno, todo branco, de fato uma bela construção. Toquei a campainha e logo uma moça com traços orientais e de incríveis olhos verdes atendeu a porta.
- Boa tarde! – Falei.
- Oi, boa tarde. – Ela falou com uma cara de quem estivesse estranhando o meu aparecimento ali.
- Sou o noivo de Tanya. – Ao falar isso, ela abriu um sorriso repleto de compreensão. – Edward.
- Oh você veio, não é comum os noivos virem, em geral as noivas cuidam de tudo. Bem, eu sou a Angela.
- É, mas Tanya não gosta de cuidar de tudo sozinha. – Eu falei, e ela fez um gesto para que entrasse, ela pareceu compreender mais do que eu gostaria da frase que eu disse.
- Entendo. – Ela falou esboçando um sorriso. – Bem, vamos até minha sala. – Vi que a casa por dentro era tão bonita quanto era por fora, tinha uma decoração clara, simples e clássica. Com tacos de madeira escura por toda sua extensão, ou pelo menos onde meus olhos viram. – Gostou da decoração?
- Gostei sim, na verdade nem parece que é uma empresa de eventos.
- Era essa a idéia, eu e minha sócia cuidamos de todos os detalhes desde o começo até o final, não seria diferente na decoração de nosso escritório. – Ela deu um sorriso. – Bem, logo a conhecerá, já que é ela que cuida dos principais detalhes, e que vai com a sua noiva a todos os lugares, eu cuido mais da parte burocrática, pagamentos, contrato de serviços e de todo o resto. Fica mais organizado assim. – Ela me falou me guiando por um corredor e abrindo uma sala no final dele. Ela apontou para a poltrona na frente de uma bela mesa onde havia um computador e vários papeis, ela logo se sentou a minha frente.
- Imagino que queira dar uma olhada nas coisas como estão.
- Quem sabe na parte financeira.- Eu disse. – Na parte onde eu pago, quem sabe.
Ela sorriu, mas logo sua atenção foi desviada por alguém que abria a porta.
- Ang, precisamos rever os orçamentos... Ah, desculpa não sabia que estava... – Aquela voz, me tirou completamente do sério, me virei na hora que Angela começou a falar.
- Ai, não se preocupe, Bella esse é Edward, Bella esse é Edward. – Angela, parou de falar assim que percebeu que nós nos conhecíamos. Não conseguia tirar meus olhos dos olhos dela, e pelo visto ela estava com a mesma sensação.
Bella
Terminei de passar alguns serviços para Pie, quando a campainha tocou, eu estava me levantando para ir atender a porta, porém Angela foi mais rápida que eu.
- Podia deixar que eu atendo, deve ser Tanya – Ela falou. – É a única marcada para agora a tarde.
Voltei a me sentar, na minha frente estava o orçamento do casamento de Irina, não estava conseguindo terminá-lo, por causa das contas que Ang havia feito. Já estava na terceira tentativa, quando finalmente eu cansei, peguei todos os papeis a minha frente e fui direto para sala de Ang, ela estava com a porta fechada, mas nem pensei em bater, não tinha essas formalidades entre nós duas, só percebi que havia alguém com ela depois que já havia entrado. Eu estava com os olhos nos orçamentos quando eu a entrei.
- Ang, precisamos rever os orçamentos... – Notei que havia alguém com ela, mas não me atentei a pessoa. - Ah, desculpa não sabia que estava... – Comecei a falar, mas ai meu olhar foi indo em direção a pessoa que estava com ela, ele se levantava, definitivamente não era a Tanya. OMFG!!!
- Ai, não se preocupe. Bella esse é Edward, noivo da Tanya, Edward essa é a Bella, a organizadora do seu casamento. – Ângela, parou de falar, e me fez uma cara de confusa, mas segundos depois mudou para uma expressão que eu sabia o que queria dizer. “OMG! Esse é o Edward!”. Eu sabia que não ia precisar abrir a boca, para ela entender.
Agora realmente eu não teria como fugir!
17. Don´t let me go
Bella
Aquele mar verde ainda me encarava e eu não sabia o que fazer. Sabia que eu não tinha como fugir mais, eu sabia o que tinha que fazer, já havia tomado a minha decisão antes mesmo de encontrá-lo, mas bem, isso era inesperado, encontrá-lo aqui, e ainda mais como o noivo do casamento que eu estava preparando. Olhei para Ângela.
- Ah, bem, er... Eu tenho que pegar uns pepeis no arquivo, se vocês me dão licença. – Ela falou seguindo em direção a porta que estava atrás de mim. Eu e Edward nada falamos, continuávamos a nos encarar. Mas antes mesmo que Ângela chegasse a porta, ela se abriu e a figura de Tanya entrando, nos fez sair daquele transe em que nos encontrávamos.
- Oi amor, vejo que chegou antes. – Ela falou seguindo para ele, eu desviei o olhar, sabia que ela iria beijá-lo e eu não queria ver essa cena.
- Olá Tanya, eu e Bella vamos pegar uns orçamentos na outra sala, por que você e seu noivo não ficam a vontade aqui, nós já voltamos. – Ângela falou polidamente para Tanya que acentiu com a cabeça. – Vem Bella. – Ela me chamou, e eu saí sem olhá-lo novamente.
Nós caminhamos pelo corredor em silencio, entrei na minha sala sem fechar a porta indo em direção a minha cadeira e despencando ali. Ângela entrou em seguida fechando a porta atrás de si.
- O que foi isso? – Ela perguntou.
- Eu não sei. – respondi colocando as minhas mãos no rosto.
- Oh meu Deus, Bella! Esse é o Edward? O SEU Edward? O pai do Lian. – Ela falou vindo em minha direção e apontando para a outra sala, como pudéssemos vê-lo. Eu não consegui falar nada, só a olhei, e ela não precisou de mais nada, só veio em direção à cadeira na frente a minha mesa, e lá ela desabou. – Oh meu Deus! – Ela falou com o olhar perdido, como se estivesse sentindo toda a angustia pela qual eu estava passando.
Depois de alguns minutos ela finalmente falou. – Bem, a verdade não dá pra falar, então vamos só falar que nos atrapalhamos com a nossa agenda e que não poderemos acompanhar o casamento.
- Do que está falando? – Eu a indaguei.
- Oras, Bella, você não pretende mesmo continuar a organizar o casamento do pai do seu filho? – Ela me olhava incrédula.
- Não, eu não teria tantas forças. – Eu falei quase como um suspiro.
- Então, se for por causa de dinheiro você não precisa se preocupar que temos uma lista de espera... – Ela começou a falar mas eu a interrompi.
- Não é por causa do dinheiro, mas não quero que ele perceba o estado em que ele me deixou, mas também não terei condições de eu mesma organizar esse casamento... – A cada minuto que passava aquilo se tornava mais real para mim. – Oh céus, ele vai se casar! – Deixei minha cabeça cair entre meus braços que estavam na mesa.
- Bella, é melhor nós desistirmos desse evento. Não vale a pena amiga, não vale a pena.
- Não. Você assume o meu lugar.
- Como assim? – Ela falou espantada com a minha frieza, a verdade é que não poderia deixar ele me abalar tanto assim.
- Você organizará todo o casamento. – Eu falei me levantando, indo em direção a estante.
- Não Bella, um casamento dessas proporções, eu não estou acostumada.
- Não se preocupe, eu estarei te ajudando de longe, mas te ajudarei. Agora só não posso ter mais contato com ele, não por enquanto, não sei se agüentarei o ver aos beijos com a Tanya. – Falando isso entreguei a pasta com o arquivo do casamento deles que eu estava começando a organizar. – Tome, são os arquivos que havia começado a organizar, vá agora, eles podem suspeitar de alguma coisa.
Angela pegou a pasta da minha mão e se levantou, me olhou por um segundo e suspirou, sem nada dizer ela saiu da sala e escutar a porta bater me fez despencar ali mesmo. Entre soluços eu só podia pensar, “Ele está se casando.”
Jake
Já passava das cinco horas da tarde quando eu voltei do centro. Leah estava deitada no sofá assistindo algo na TV, mas quando me viu, pulou logo me abraçando e me beijando. Entreguei as compras que havia feito para ela.
- Então, conseguiu algo? – Ela perguntou.
- Sim, consegui o telefone de Alice.
- Que bom, não to e agüentando quero ver Bella contar logo para ele, acabar logo com essa angustia. – Ela falou me soltando e indo em direção a cozinha de nossa pequena casa nos fundos de minha oficina.
- E como será que ele vai reagir?
- Oras, ele vai gostar, tenho certeza. Ou você não lembra como ele veio atrás de você para saber dela. E por falar nisso, você nunca contou a ela? – Ela me perguntou se apoiando na soleira da porta
- Não. – Falei sentando na pequena mesa de jantar vermelha que tinha apenas dois assentos, e em cima tinha uma pequena cesta de frutas que Leah sempre se preocupava em deixar cheia. – Nunca tive coragem.
[FB – ON]
Fazia um mês que Bella havia ido embora, era um dia de muito calor e logo eu precisava ir para oficina. Estava só de bermuda e procurava uma camiseta preta, que eu tinha certeza que havia deixado em cima da cama antes de ir tomar banho. Mas, lá estava eu que nem louco atpras da maldita que havia sumido, quando saio do meu quarto Leah está passando pelo corredor com a cara mais lavada do mundo, com a maldita no corpo.
- Merda Leah, já não falei pra não usar minhas roupas! – Comecei a gritar e ela também.
Eu estava em uma briga interminável com Leah que insistia em pegar minhas camisetas e vestir, ela estava no quarto dela e gritava que eu era um egoísta. Na verdade, gritávamos um com o outro até que alguém bateu na porta da casa de meus pais. Sem parar para pensar eu abri a porta. Edward Cullen.
- Posso falar com você? – Ele falou
- Claro. – Saí de casa do jeito que estava e parei ali mesmo na varanda. – O que quer Cullen?
- Quero saber onde está Bella. – Ele foi direto ao ponto.
- Não vou te contar, e para você ter vindo até aqui pelo visto nem sua irmã te contou, então nos deixe em paz. – Falei de jeito calmo para que ele entendesse bem o recado.
- Está bem. – Ele deu as costas e saiu.
Bufei, me virei e entrei em casa, mas nem um segundo se passou que eu havia entrado e a camisa preta foi jogada em meu rosto, por uma Leah que saía em direção ao corredor só de calcinha e sutien.
[FB-OFF]
- Jake... Tá aqui ainda? – Leah me chamava.
- Ah, desculpa... Só tava lembrando. – Falei me levantando. – Leah, ainda não contei a pior parte.
- O que foi Jake?
- O Mike. Vai ser solto em alguns dias.
- Será que ele vai tentar alguma coisa? – Ela falou com os olhos arregalados.
- Não, acho que não, afinal já se passaram muitos anos. – Eu passei a mão em meus cabelos. – E ele também nunca saberá onde ela está. Bem, vou ligar para ela, tenho que contar as novidades.
Poucos minutos depois o telefone já chamava.
- Oi Jake. – Ela falou com uma voz estranha.
- Bela? Algum problema? – Perguntei, pela voz parecia que ela havia chorado.
- Não, Jake, não se preocupe.
- Então, fiz o que me pediu, pode anotar o telefone da Alice.
- Bem, eu não sei como te falar isso, mas acho que não será mais necessário.
- Tem certeza? Você parecia tão determinada hoje de manhã, o que ocorreu? – Bella estava estranha, algo tinha acontecido e ela não queria me contar.
- Jake, não quero falar nisso agora, depois te ligo e conto tudo.
- Tá bom então. – Ficamos em silencio por alguns segundos até que eu o quebrei. – Bella?
- Oi
- Tenho uma coisa para te contar.
- O que foi Jake?
- O Mike vai sair da prisão em alguns dias. – Ao terminar de falar ficamos novamente calados, até que dessa vez foi ela que quebrou o silencio.
- Como você soube? – Ela perguntou
- Quando estava voltando da casa dos Cullens parei no mercadinho que fica no centro. Aquela que tem próximo a escola e a delegacia. Bem, quando estava no caixa, aquela garota, a Jessica, que fez colegial conosco, me contou. Está tudo bem?
- Está, eu não acredito que ele possa fazer algo. Afinal, já deve ter até me esquecido.
- Bells, eu nunca fui preso, mas com certeza se eu for um dia, eu nunca vou esquecer o motivo por estar ali. – Percebi que ela não iria falar mais nada. – Vou desligar, mas, por favor, qualquer coisa me ligue, está bem?
- Sim, Jake. Só não se preocupe tanto, ok? – Logo depois ela desligou e Leah veio ao meu encontro.
- Amor. – Ela falou. – Eu to com um pressentimento estranho com relação a esse Mike.
- Eu também. – Nos abraçamos e assim ficamos por um tempo.
Edward
Eu não acreditava no que os meus olhos viam, era ela, era realmente ela ali em minha frente. Não consegui processar nada do que Ângela estava falando, até que sem aviso o furacão Tanya adentrou a sala. O que me fez desviar os olhos de Bella, e ela fez o mesmo. Aquilo foi a deixa para Ângela dar mais uma desculpa para sair, mas desta vez ela levava Bella consigo.
- O que foi querido? – Tanya perguntou
- Nada. – falei um pouco frio.
- Tem certeza? Você parece que viu um fantasma.
- Não foi nada, Tanya. – Me desviei de seus braços que ainda estavam em minha volta. – Só trabalho. Será que vamos demorar muito aqui, preciso fazer algumas coisas ainda?
- Não acho que não. – Ela não falou mais nada, pareceu entender que eu não queria conversar mais.
Logo a porta se abriu e só Ângela entrou.
- Cadê a Bella? – Tanya perguntou, quase tirando as palavras de minha boca
- Ah, ela não poderá participar. – Ela olhou para mim, como dissesse aquilo para mim. – Ela teve algumas coisas para resolver.
Depois disso, elas ficaram conversando sobre coisas do casamento e eu fiquei totalmente alheio ao que falavam só pensando em Bella, e em como as coisas tinham acontecido, eu realmente tinha a visto aquele dia, agora tinha certeza. Um plano maluco começou a formar em minha cabeça e quando menos esperava Tanya se levantou.
- Venha Edward. – Ela falou. Me despedi de Ângela que me lançava olhares estranhos o tempo todo.
Ao sair da casa, Tanya me interrompeu em mais um abraço e eu não tive coragem e nem vontade de correspondê-la.
- Tanya, tenho que ir agora, em casa nós conversamos. – Me desvencilhei do seu abraço novamente e segui para o meu carro sem nem ao menos olhar para trás.
Fiquei ali, no carro, mais umas duas horas, Tanya já havia ido e vi que Ângela saía pela porta, eu corri até ela.
- Bella já foi embora?
- Não. – Ela respondeu de uma forma estranha. – Edward, ela vai sair daqui a pouco.
Depois disso, ela foi embora e me deixou ali, não tive coragem para tocar a campainha, resolvi que a esperaria ali fora mesmo, me encostei-me ao carro, e esperei. Alguns minutos depois vi Bella saindo, ela ainda não havia notado que eu estava ali, ela estava de cabeça baixa, até que eu segui até ela.
- Bella? – Eu falei e ela me fitou com os olhos cheios de surpresa.
Em algum outro lugar...
O lugar parecia deserto, a pouca iluminação não ajudava aquele aposento que não tinha janelas. Mas duas formas em um canto escuro eram percebidas, um deles estava sentado em uma cadeira e o outro estava em pé diante dele. Escutava-se um barulho longe, mas nada que interferisse na conversa daqueles dois.
- Eu estou te pagando muito caro para você me trazer só essas fotos. – O homem de cabelos ensebados falou.
- Desculpa Mike, mas não sei o porquê de seu interesse na vida dessa mulher, ela... – Antes mesmo de ele terminar de falar, Mike o apertou contra a parede fazendo com que seu braço apertasse o pescoço, sufocando o guarda.
- Eu já falei, nada de perguntas. Eu falo e você obedece. – Mike falava entre os dentes. – Entendeu?
- Si...Sim. – O guarda conseguiu em fim falar. Mike o soltou, fazendo com que o homem caísse no chão respirando ruidosamente atrás de ar.
- Me traga algo dela. – O loiro falou e virou as costas seguindo para o corredor mal iluminado onde outros homens o seguiram. Ele ali dentro era rei, ele mandava, mas em alguns dias ele estaria fora dali e seus pensamentos eram todos para á hora em que a teria.
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